Ações de conscientização aumentam doações de órgãos

O que preciso fazer para ser doador de órgãos? O diagnóstico de morte encefálica é confiável? Esses e outros questionamentos fazem parte do repertório de dúvidas quando o assunto é transplantes de órgãos. Melhorar a conscientização sobre todo o processo de doação e transplante, desmistificando ideias e boatos e, principalmente, mantendo a educação continuada dos profissionais da saúde, é uma realidade da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO), da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

Diuturnamente, a equipe da Central de Transplantes está à disposição para compartilhar experiências, esclarecer incertezas e desfazer eventuais descrenças no processo. Para ser doador, no Brasil, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. É preciso apenas que a pessoa converse com sua família sobre esse desejo, já que a doação só ocorrerá após a autorização de algum familiar.

Esclarecimentos como esse foram importantes para o número de doações aumentar em Goiás. Segundo balanço da Central de Transplantes, a quantidade de órgãos captados saltou 30% nos dois últimos anos. Foram 206 em 2017 para 271 no ano passado. Para Fernando Castro, gerente da Central, conscientizar as pessoas e fomentar o engajamento social é prioridade. “Falar sobre o assunto é importante, porque pode salvar uma ou várias vidas”, diz.

Maior captação

Com a maior quantidade de captação, o número de doações também aumentou, em 25%, e a lista de pessoas que esperam órgãos caiu vertiginosamente. Por exemplo, o total de pacientes que aguardavam o transplante de córnea em 2017 era de 409; no fim do último ano, eram 74 pessoas. Isso tem promovido o retorno de muitos goianos que se deslocaram a outros Estados buscando o tratamento, que antes era mais demorado. “No início de 2017 esperava-se em torno de dez meses para realizar um transplante. Hoje, a média é de um mês”, completou Fernando.

Outro destaque foi à realização dos cinco primeiros transplantes hepáticos do Estado, em 2018, no Hospital Geral de Goiânia (HGG). Na unidade também foram realizados 132 dos 163 transplantes renais, maior número da série histórica da Central Estadual de Transplantes.

Morte encefálica

O diagnóstico de morte encefálica (ME) é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina é totalmente confiável. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado também por um médico. Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. Os números mais recentes da Central apontam que em 2015 foram registradas 245 notificações para ME. Já em 2018 esse dado cresceu para 391.

Além desse aumento, mais de 30 hospitais notificaram a Central sobre a possibilidade de pacientes em ME. A rede própria de hospitais do Estado tornou-se referência na realização de protocolos para esse tipo de diagnóstico. Para o gerente da Central, a capacitação de profissionais também proporcionou maior aporte técnico ao diagnóstico. Os órgãos mais comumente captados são coração, pulmão, fígado, pâncreas e rim.

Clique AQUI e confira mais informações sobre o assunto no site da SES-GO.

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