Procedimento inédito na unidade, que envolveu as equipes de ginecologia e cirurgia geral, aconteceu em dezembro

O Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, referência em cirurgias de média e alta complexidade, passou a realizar a cirurgia de endometriose intestinal. Coordenado pelo Serviço de Ginecologia da unidade, em parceria com o Serviço de Cirurgia Geral, o primeiro procedimento considerado complexo aconteceu no hospital no dia 20 de dezembro. Ao todo, foram quase doze horas de trabalho que envolveu as equipes médicas e multidisciplinares.

De acordo com o ginecologista responsável por coordenar esse primeiro procedimento, Corival Castro, o hospital já realizava cirurgias de endometriose profunda, mas esse tipo com o acometimento intestinal foi a primeira vez. “Este é um caso mais complexo em que é necessário ressecar uma porção do intestino. A cirurgia ocorreu muito bem, com tranquilidade, contando com a participação de médicos e residentes. A paciente entrou para o centro cirúrgico às sete horas da manhã para ser preparada, e a cirurgia foi finalizada por volta de dezenove horas”, explicou.

A cirurgia de endometriose intestinal é de alto custo, e envolve o uso de grampeadores intestinais e bisturi ultrassônico, ambos descartáveis. “Neste primeiro procedimento contamos com o empenho das diretorias geral, técnica e de enfermagem e de todas as outras equipes que se desdobraram para que a cirurgia ocorresse da melhor forma possível. É um procedimento longo, trabalhoso, e que graças a esses fatores, foi bem sucedida”, declarou o médico.

Sobre a endometriose intestinal

A endometriose intestinal é uma doença na qual o endométrio, que é o tecido que reveste internamente o útero, ou glândula e/ou estroma se desenvolvem em volta das paredes do intestino, dificultando o seu funcionamento e causando sintomas como alteração dos hábitos intestinais, além de intensa dor abdominal, especialmente durante a menstruação. Normalmente, a endometriose precisa ser tratada com cirurgia, para reduzir a quantidade de tecido no intestino.

Pamella Cardoso, Idtech

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