Musicoterapia contribui para humanização de atendimento no Hugol

Projeto de mestrando da UFG foca na música como ferramenta para aliviar dor de pacientes com queimaduras

O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), permite a pesquisa e a assistência humanizada. Desde outubro de 2018, a unidade de queimados é cenário da pesquisa de campo do projeto de mestrado do musicoterapeuta Jefferson da Silva, que foca na música como ferramenta para aliviar a dor de pacientes com queimaduras.

“A música trabalha diretamente no cérebro e pode ser utilizada para o tratamento não só de pacientes queimados, mas também com outras enfermidades. O musicoterapeuta visa fomentar melhoras no paciente nos aspectos biológicos, sociais e emocionais, trabalhando a música com um olhar realmente terapêutico”, relatou Jefferson, mestrando em Música pela Universidade Federal de Goiás. Apesar de seu projeto “Musicoterapia em pacientes vítimas de queimadura: um estudo sobre níveis de dor e ansiedade” ser direcionado na utilização da música no pós-curativo, ele também realiza suas sessões durante a fisioterapia.

“O paciente queimado sente muita dor, seja na troca de curativo ou na fisioterapia, e a musicoterapia consegue mudar o foco do sofrimento, fazendo com que ele associe a música a alguma lembrança agradável de sua vida, trazendo uma sensação de bem-estar e acolhimento. Com o paciente mais distraído em relação à dor, a equipe do hospital consegue melhores resultados nos procedimentos realizados, promovendo uma evolução em seu quadro geral e minimizando o tempo de internação”, explica Monise Gabriela, fisioterapeuta da unidade.

O paciente Gaspar Evangelista sofreu queimaduras após um acidente na chácara da família na véspera do Natal do ano passado e teve que se submeter a diversos procedimentos devido à gravidade das queimaduras. Após conhecer os benefícios da musicoterapia, a música virou parte importante do seu dia a dia. “O tratamento para queimaduras é muito dolorido, mas, depois que comecei a realizar os procedimentos com a música do Jefferson, melhorou bastante. Cantar uma música que gosto consegue distrair minha dor e, agora, canto sozinho mesmo quando ele não está aqui no hospital”, afirma Gaspar.

José Ferreira Neto, Agir

Fotos: Edson Freitas

 

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