HDS oferece atendimento diferenciado para idosos

Após passar por uma avaliação geriátrica ampla realizada pela equipe multidisciplinar, pacientes são encaminhados para tratamentos especializados

Em 2018, o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) realizou mais de 32 mil atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pacientes com mais de 60 anos, o que representou 43,85% de todos os procedimentos realizados na unidade. O hospital, que faz parte da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), atende os idosos encaminhados para a unidade por meio do sistema de regulação de forma diferenciada.

Assim que chega ao HDS, o idoso passa por uma Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), em que médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional definem, em conjunto, um projeto terapêutico específico para o paciente. Em seguida, o usuário é encaminhado para o programa que melhor atenda às suas necessidades.

Além dos serviços médicos, consultas e tratamento clínico, a unidade também oferece um trabalho voltado à reabilitação e manutenção do quadro clínico dos pacientes. Esse atendimento é realizado na Casa Viva, onde são desenvolvidas as atividades em grupo e os atendimentos individuais de psicologia.

Serviços ofertados

Grupos de atividades manuais, mulheres com fibromialgia, estimulação cognitiva, cozinha terapêutica, grupo de relaxamento, AGA, triagem ortopédica e de atividades festivas são alguns dos serviços ofertados na Casa Viva.

Para a supervisora de Reabilitação Psicossocial do HDS, Cledma Pereira Ludovico, oferecer esse trabalho é uma forma de reinserção social e que ajuda a melhorar  a vida dos pacientes e de seus familiares. “Na cozinha terapêutica, por exemplo, ensinamos atividades do cotidiano, que envolvem desde o preparo dos alimentos até o ponto de servi-los. Nessa atividade, estimulamos a autonomia e a independência, mesmo que seja supervisionada.”

Um ginásio terapêutico também está instalado nas dependências do hospital. Nesse espaço, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e educadores físicos atendem mensalmente mais de 2.500 pacientes. O ginásio é totalmente equipado com aparelhos para auxiliar os profissionais na reabilitação física dos pacientes.

Atendimento diferenciado

A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro Costa, afirma que os serviços disponíveis no hospital promovem atendimento diferenciado, já que os pacientes são atendidos em suas necessidades de forma integral. “Prestamos um serviço de excelência no campo de reabilitação”, destaca.

A dona de casa Alaídes Rodrigues dos Santos, 74 anos, está em tratamento fisioterapêutico no hospital há um ano. Ela conta que, após consulta com o ortopedista do hospital, foi encaminhada para a reabilitação.

“Sentia muitas dores de coluna. Não conseguia caminhar e tomava muitos remédios para dor. Agora, duas vezes na semana, vou ao hospital e faço minhas atividades. Estou me sentindo bem melhor”, afirma. Ela também pratica educação física na unidade há seis meses e diz que não perde um dia de atividade.

Pé diabético

Pacientes que necessitam de curativos diariamente também contam com o Ambulatório de Feridas Crônicas, que funciona todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados. No local, pacientes com pé diabético, sequelas de hanseníase ou qualquer outra ferida que seja necessário o tratamento contínuo de curativo, contam com quatro salas equipadas para a realização do tratamento. Desde sua abertura, em 2013, já foram realizados 353.846 curativos nos pacientes encaminhados ao Ambulatório.

Além dos atendimentos em diversas especialidades médicas, como geriatria, cardiologia e oftalmologia, também são realizadas consultas e tratamentos odontológicos para os usuários da unidade. O atendimento de psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais também é oferecido aos pacientes que necessitam desses serviços.

História

O HDS teve sua fundação em 1943, sendo denominado, na época, Leprosário Colônia Santa Marta. Naquela época, não havia tratamento para a hanseníase, e pacientes eram internados na unidade para evitar a transmissão da doença.

Na década de 80, houve a implantação de políticas de descolonização para pacientes acometidos pela hanseníase, já que o tratamento para a doença estava sendo oferecido  na rede básica de saúde. A partir daí, o espaço da Colônia Santa Marta passou a ser denominado Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS).

Atualmente, 18 pacientes com tutela do Estado e remanescentes da antiga Colônia Santa Marta residem na unidade. Devido a necessidade de cuidar desses pacientes, o Hospital inaugurou em 2018 a Residência Assistencial, uma Instituição de Longa Permanência para acolher os pacientes que, em geral, têm alto grau de dependência física e psicológica.

A residência conta com área de convivência, quartos individuais, refeitório, lavanderia terapêutica e assistência médica e de enfermeiros em período integral. Os pacientes também recebem atendimento multidisciplinar e participam do cotidiano da unidade hospitalar, sejam em atendimentos individuais ou em grupos.

A residente e paciente Messias Pereira, 52 anos, que está na unidade desde os 12 anos de idade, afirma não ter vínculo familiar com sua família biológica. Ela diz que chegou ao hospital em 1979 e que, desde então, sua família são os moradores e servidores que trabalham na unidade. “Agradeço pela atenção dos funcionários que trabalham aqui. Sempre me chamam para participar das atividades e fui muito bem acolhida nesses 40 anos”, conta.

Felipe Cordeiro, da Comunicação Setorial

Fotos: Divulgação HDS

 

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