Palestras serão realizadas nesta quinta-feira, 21. Conscientização sobre assunto é importante para reduzir negativa familiar para doação

A doação e o transplante de órgãos e tecidos serão assunto de dois eventos com participação da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO/Central de Transplantes), nesta quinta-feira, 21, em Goiânia. Ainda em continuidade nas homenagens às mulheres, a Câmara Municipal de Goiânia convidou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) para falar sobre o papel e a força da mulher no processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes. A fala da coordenadora de captação de órgãos e tecidos, Katiúscia Freitas, será durante a sessão plenária, às 10 horas, e é aberta ao público.

De acordo com Katiúscia, solidariedade não tem gênero, mas a mulher está presente na maioria das decisões favoráveis a uma doação, seja ela de um filho, esposo ou irmão. “Em uma entrevista familiar com dez pessoas, se nove estão indecisos e uma mãe, por exemplo, se manifesta favorável, ela tem um poder forte e ninguém contesta a decisão. Acredito que a mulher tem também aquele sentimento de maternidade, de sentir que pode contribuir com a vida de outras pessoas”, relata a coordenadora, cuja percepção é baseada nas entrevistas que faz com familiares para doação de órgãos.

Ainda nesta quinta-feira, quatro profissionais da Central de Transplantes serão palestrantes no 2º Curso Introdutório da Liga Acadêmica Multidisciplinar de Apoio à Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Lamadott). O curso é voltado para estudantes da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). As palestras serão realizadas das 13h às 18h, no auditório do bloco C da área 2 da PUC-GO, no Setor Leste Universitário. Ministrarão as palestras as enfermeiras Leila Pereira de Faria, Katiúscia Freitas, Milene Cobianchi e o médico Rogério de Oliveira. O investimento para participar é de 10 reais, com direito a sorteios de brindes e coffee break.

Notificações de morte encefálica

A coordenadora da SES destaca a importância de eventos como esses para ampliar a conscientização sobre o tema. “Goiás tem um número de notificações de morte encefálica (ME) acima da média nacional, mas ainda precisamos avançar na efetivação das doações”, afirma Katiúscia. Em 2019, por exemplo, foram 64 notificações de ME e 35 entrevistas foram realizadas (em alguns casos, a doação é contraindicada). No entanto, das entrevistas feitas, a Central de Transplantes recebeu 26 negativas dos familiares para a doação.

Daniela Becker, da Comunicação Setorial