Projeto Geladeira Literária chega ao Huapa

Técnica em enfermagem da unidade da SES decora eletrodoméstico e doa acervo para propiciar lazer e conhecimento a servidores, pacientes e acompanhantes

“Quem lê, viaja”. Assim a técnica em enfermagem Marlene Leite, do Hospital Estadual de Urgência de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa), da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), define o gosto pela leitura. A profissional é a idealizadora do projeto Geladeira Literária, criada e entregue na recepção de internação da unidade na terça-feira, 19.

Gibis, livros de ilustrações, de poemas e literários fazem parte do acervo colocado à disposição de colaboradores, pacientes e acompanhantes para leitura. Os exemplares pertenciam a Marlene, que decidiu montar a geladeira a partir de uma reportagem. “Estava em casa assistindo a um telejornal e vi uma pessoa que implantou o projeto em outro local de Goiânia. Percebi como era importante para as pessoas que frequentavam o lugar  terem um livro em mãos, pois isso pode fazer a pessoa esquecer, por um momento, a situação em que os familiares, amigos ou ela mesma se encontra”, contou.

Marlene conta que a geladeira é do Huapa, mas como está com defeito, decidiu conversar com a direção do hospital para dar outra utilidade ao aparelho, todo decorado com palavras e frases de incentivo à leitura. Ela explica que tirou do próprio bolso o dinheiro para pagar os enfeites. “Dividi com meu esposo o valor de R$ 110,00 para decorar. Os enfeites deram destaque para a geladeira e ajudam a chamar a atenção de quem está na recepção do hospital”, afirmou.

Redes sociais

Além de melhorar o ambiente hospitalar e ocupar  o tempo de quem espera por atendimento ou está internado na unidade, a técnica em enfermagem afirma que quer “fazer com que as pessoas desapeguem um pouco das redes sociais através da leitura, pois quem já tem o hábito de ler ou quer desenvolvê-lo abre a mente, tem um bom vocabulário e se dá melhor no mundo. Já as pessoas que não leem são como cegos guiados por outros”, ressaltou.

A vendedora Maria Idalina Cândido, conhecida como Nina, de 54 anos, que está na unidade acompanhando a vizinha, conta que não perdeu tempo quando viu a geladeira literária. “Cheguei aqui e fui direto pegar um livro para passar o tempo”. Nina explica que além de ler durante o período que a vizinha passava por consulta, também aproveitou para levar exemplares para outras pessoas. “Como é liberado pegar um livro e devolver depois, resolvi levar um sobre gestação para minha amiga que está grávida de três meses. Na próxima consulta da minha vizinha, vou trazer de voltam, com outros exemplares que vou doar para a geladeira”, afirma.

Mara Rúbia de Souza, diretora do Huapa, avalia a atitude da profissional como louvável. “Acima de tudo, é uma iniciativa humana, por se preocupar com o bem-estar, principalmente dos acompanhantes de pacientes internados no Huapa, já que é um momento de angústia e aflição. Por se tratar de uma unidade que recebe pessoas traumatizadas, ter meios de acalmar e buscar paz nesses momentos vai melhorar e humanizar o atendimento no hospital”, destacou.

Jordana Rodrigues, do IGH

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