Infestação do Aedes em Goiás diminui, mas ainda preocupa

Dados do 1º ciclo do LIRAa de 2019 ainda apontam situação de alerta. Levantamento reforça também a falta de zelo do cidadão dentro dos imóveis

O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) aponta que a infestação do mosquito Aedes aegypti em Goiás reduziu de 2,05% nos imóveis para 1,78%, em comparação com o mesmo período de 2018. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta terça-feira, 26, e significam que, de 10 mil imóveis visitados, 178 estavam com focos do vetor. Apesar da diminuição, o Estado ainda continua na faixa chamada de “alerta”, que é de 1% a 3,9% de infestação.

“A infestação média diminuiu, mas 27 municípios estão em situação de risco, com níveis acima de 4%, por isso é um cenário que exige atenção dos gestores. Com esses dados, eles poderão dar um caminho bem objetivo aos seus programas de controle do Aedes, com sensibilização e ações de manejo ambiental”, diz o coordenador-geral de Combate ao Aedes, Marcello Rosa.

Também chama atenção o fato de haver municípios com infestação de 12,6%, que é o caso de Aporé, no Sudoeste Goiano. Segundo Marcello, apesar de o município ser pequeno, isso demonstra que existem locais que precisam de intensificação do trabalho de campo, aliado à fiscalização permanente. O LIRAa indica ainda que os criadouros predominantes (lixo e reservatório de água ao nível do solo) são crônicos, o que reforça a constatação do coordenador sobre da falta de zelo dentro dos imóveis por parte da população.

 

Comportamento humano

Marcello salientou que o comportamento humano está associado à infestação. “A grande maioria dos criadouros foi encontrada dentro dos domicílios, o que significa que o próprio cidadão está colocando a população em risco. Sobre o descarte de lixo, por exemplo, é inaceitável que mesmo com a conscientização e com as coletas adequadas do lixo feito pelas prefeituras, as pessoas não realizem o descarte correto”, disse.

Segundo o coordenador, é preciso uma soma de esforços, tanto do poder público, como – e principalmente – da população, para melhorar os índices. E acrescentou a importância da vigilância no papel de fiscalizar e, caso tenha reincidência, fazer a autuação e tomar as medidas administrativas cabíveis.

Thiago Lagares (texto) e Sabba Nogueira (foto), da Comunicação Setorial

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