18 de outubro: dia de homenagear médicos e médicas

Profissional é responsável por cuidar e promover a saúde de toda a população

A duração mínima do curso de Medicina é de seis anos, mas caso o profissional queira seguir uma especialização, deve estudar pelo menos mais dois anos.   Profissional autorizado a exercer a Medicina, o médico é homenageado no dia 18 de outubro, data escolhida em alusão ao nascimento de São Lucas, considerado o protetor dos médicos na tradição católica.

A profissão que se ocupa da saúde humana, prevenindo, diagnosticando, tratando e curando as doenças é uma das mais procuradas por jovens que pretendem ingressar em uma carreira, oferecendo diversas oportunidades de atuação em locais de trabalho que vão desde consultórios, atendimento de urgência e emergência, pesquisa científica, entre outros.

Em Goiás, o Conselho Regional de Medicina (Cremego) registra a atuação de 15.708 médicos. Somente na Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) são aproximadamente 3 mil profissionais, incluindo aqueles contratados pelas Organizações Sociais para atuarem nas unidades da rede estadual de saúde. Para homenagear esses profissionais, a SES-GO conta a história de alguns médicos.

De médico a gestor

“A Medicina é uma missão que exige empenho e devoção”, destacou o governador de Goiás e médico, Ronaldo Caiado durante a aula inaugural do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão (UFCAT) em março deste ano.  Com uma experiência de mais de 40 anos como médico cirurgião, Caiado ressalta o compromisso com a ética e reforça que na Medicina são fundamentais os gestos humanitários e o amor ao próximo.

Desse modo, oferecer uma saúde pública digna aos cidadãos é um compromisso que ficou evidente já nas primeiras horas do mandato de Caiado, quando o governador, recém-empossado, visitou o Hospital Materno Infantil na noite de 1º de janeiro a fim de evitar o fechamento da unidade.

Ao lembrar o dia do médico, o governador agradeceu aos colegas de profissão pela determinação de levarem saúde de qualidade para todos os quadrantes do Estado de Goiás.  “A classe indiscutivelmente é aquela que foi formada para salvar vidas, para cuidar de vidas”, destaca.

Formado em Medicina pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro em 1974, Caiado fez residência médica no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, com o professor Nova Monteiro, considerado o precursor da medicina ortopédica no país. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o governador de Goiás fez fez mestrado em Medicina.

Cuidar de gente

“Meu propósito de vida é impactar positivamente o maior número de pessoas”. É assim que Ismael Alexandrino, médico e secretário de Estado da Saúde de Goiás, cita sua trajetória na vida pessoal e profissional. Hoje, com 36 anos, Alexandrino lembra que o contato com a Medicina foi muito cedo, há cerca de 20 anos atrás.

Natural de São Luís de Montes Belos, Goiás, o secretário foi nomeado para o cargo pelo governador do Estado pelo perfil dinâmico como gestor em Saúde com foco na modernização de processos de trabalho e busca pela excelência no atendimento à população.

Graduado pela faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Pernambuco, Alexandrino tem formação técnica em terapia intensiva pela Universidade Milão e Bolonha/Itália. O gestor também foi Diretor-Presidente do Instituto Hospital de Base, em Brasília.

Como médico, o secretário teve oportunidade de trabalhar em emergências e em Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) de hospitais públicos e privados. Com o decorrer do tempo foi assumindo cargos de gestão e se especializando na área, como a realização de um MBA em Gestão da Saúde, pela Fundação Getúlio Vargas.

Ele conta que a experiência na prática, na chamada “ponta” da assistência, deixa a gestão mais pragmática e prática.

Ao lembrar o Juramento de Hipócrates – efetuado pelos médicos, tradicionalmente por ocasião de sua formatura -, Alexandrino revela que carrega o princípio de “primeiro não fazer mal” na vida profissional, pessoal e na prática de gestão. “A gestão não pode perder o foco da humanidade, as vidas merecem respeito e precisamos aprender a cuidar de gente”, finaliza.

Paixão pelo ambiente hospitalar

Gosto pelo ambiente hospitalar, pelo contato direto e intenso com o paciente, por atuar e resolver questões complexas e por possibilitar melhor qualidade de vida às pessoas. Esta premissa move o projeto profissional de Larissa Louise Cândida Pereira, de 28 anos. A jovem, que está concluindo a Residência Médica em Nefrologia no Hospital Estadual Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), unidade da SES-GO, conta que desde a graduação sentiu o anseio por exercer a medicina em sua essência e plenitude.

“Decidi fazer Nefrologia pelas várias nuances desta especialidade, pela possibilidade de poder atuar em diversas funções, desde o atendimento do paciente no consultório ao acompanhamento das sessões de diálise e diálise peritonial até o atendimento do transplantado renal”, sublinha a médica. Ela diz que o fato de o HGG ser referência em Goiás na realização de transplante de rim, a impulsionou a optar pela especialização. “No transplante há a substituição da função renal como um tratamento definitivo; substitui-se a função de um órgão doente por um órgão saudável”, explica.

O nefrologista atua, rotineiramente, com pacientes em estado grave, fragilizados. Larissa Louise acentua que esta especificidade da profissão a afeta diretamente. Ela destaca, entretanto, que, como médica, tem a possibilidade de fazer um bom trabalho, que garante bons resultados. “A melhora e a estabilização do paciente nos motiva a continuar. É muito gratificante constatar que, por meio da nossa intervenção e orientação, a pessoa com doença renal passa a ter esperança e mais qualidade de vida”, finaliza.

Dia a dia

O médico hematologista Adriano Arantes, de 43 anos, é o responsável pelo Banco de Sangue do Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste Governador Otávio Lage (Hugol) da SES-GO. Formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 2000, o médico cursou Residência em Clínica Médica e Hematologia e Hemoterapia na Escola Paulista de Medicina e em seguida fez Especialização em Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular e avançou para o Doutorado em Imunogenética de Transplantes na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Trabalhando no Hugol desde março de 2015 e participou de todo o período de implantação de serviços na unidade.

“Aqui realizamos uma média de mil e trezentas transfusões mensais e temos mais de mil doadores cadastrados”, conta. O médico afirma que seus desafios pessoais o levou para essa especialização e hoje, essa é sua grande paixão na medicina. “Temos muitos pacientes idosos com doenças hematológicas e precisamos estar à frente tratando essas doenças”.

Casado com uma médica, hoje Adriano Arantes é pai de dois filhos e avalia a medicina como um trabalho de doação. “A profissão médica é uma profissão difícil de ser exercida, cuidando de pessoas graves e cuidando de sentimentos dos doentes e familiares. Exercemos uma relação intensa e interpessoal, e devemos ter preparo psíquico para lidar com vidas”, finaliza.

Felipe Cordeiro, Maria José e Patrícia Almeida, da Comunicação Setorial

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