Férias Seguras: Crer alerta sobre risco de lesão medular ocasionada por mergulho em águas rasas

Acidentes ocasionados por mergulhos em áreas com profundidade insuficiente podem levar à paralisia parcial ou total, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida dos afetados

Paciente de 44 anos do Crer sofreu grave acidente durante um mergulho em água rasa e hoje realiza intensa rotina de terapias na unidade

Com a chegada das férias, muitos brasileiros buscam diversão e alívio do calor em piscinas, rios, cachoeiras e praias. No entanto, o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), unidade do Governo de Goiás, alerta sobre os riscos de lesões medulares resultantes de mergulhos em águas rasas, acidentes que podem ter consequências graves e permanentes. O impacto de mergulhar em uma área com profundidade insuficiente pode causar fraturas nas vértebras cervicais, resultando em danos à medula espinhal. Esses danos podem levar à paralisia parcial ou total, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida dos afetados.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), o mergulho em águas rasas é a quarta maior causa de lesão medular no Brasil e se torna a segunda causa durante o período das férias de julho. “O mergulho em águas rasas é uma das principais causas de lesões medulares traumáticas.  Muitos desses acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção”, afirmou o gerente de Reabilitação Física e Visual do Crer, Eduardo Carneiro.

Cleber Ribeiro Santos, de 44 anos, sofreu um grave acidente durante um mergulho em água rasa. Ele estava aproveitando um feriado prolongado com a família quando, ao tentar realizar um mergulho mais elaborado para ser filmado por sua esposa, escorregou e bateu a cabeça, resultando em uma lesão severa na coluna cervical. “Eu perdi os movimentos do pescoço para baixo e fui socorrido pela minha esposa e ribeirinhos até ser transferido para um hospital em Goiânia, onde passei por uma cirurgia”, relatou.

Após a cirurgia, Cleber iniciou uma intensa rotina de terapias no Crer, incluindo exercícios para mãos, pernas e musculação. “A recuperação foi difícil, mas rápida. Em 22 dias, consegui voltar a trabalhar, embora com limitações iniciais. Atualmente, não utilizo mais a cadeira de rodas e estou progredindo diariamente”, destacou o paciente, que ainda deixou um alerta importante. “Nunca subestime o perigo de mergulhar em água rasa. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um. Aconselho a todos a evitarem essa prática, pois as consequências podem ser devastadoras”.
 
Recomendações de Segurança
Entre as principais medidas preventivas que devem ser adotadas, estão evitar mergulhar após ingerir substâncias que comprometam os reflexos, como o álcool e não brincar de empurrar amigos ou familiares para dentro da água. Em caso de acidente, o recomendado é evitar mover a pessoa lesionada. Nessas situações, o correto é imobilizar a vítima e acionar o socorro imediatamente. A conscientização sobre os riscos e a adoção de comportamentos preventivos podem evitar acidentes graves e garantir que todos aproveitem as férias de forma saudável e segura.

Juliana Saran (texto e foto) / Assessoria de Comunicação e Marketing do Crer

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