Oficina foca em atendimento integral ao dependente químico

Evento visa capacitar profissionais que atuam em hospitais gerais, UPAs e Samu de Goiás sobre incorporação dessas unidades à Rede de Atenção Psicossocial

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) atua com o propósito de proporcionar uma assistência mais ampla, qualificada e humanizada às pessoas que vivem o drama da dependência química. Uma das iniciativas visando esse avanço no atendimento está sendo realizada por meio da realização da Oficina de Atualização sobre Crack e Outras Drogas para Profissionais Atuantes em Hospitais Gerais.

O evento, coordenado pela Gerência de Saúde Mental da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais) da SES-GO, segue até quarta-feira, 29, no Umuarama Hotel, com a participação de profissionais de diferentes municípios dotados de Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e hospitais gerais.

Esta é a primeira de um total de três oficinas visando à ampliação ao atendimento ao dependente químico. A assistente social Celita da Guia Mota Cirino, uma das coordenadoras do evento, informa que, ao todo, serão capacitados 120 profissionais. Ela explica que o encontro visa atualizar os servidores que trabalham diretamente na assistência à saúde sobre a existência da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e a importância de um atendimento integral e humanizado às pessoas que têm necessidades decorrentes do uso do álcool, do crack e de outras drogas.

É comum, conforme Celita Cirino, os profissionais acreditarem que o atendimento aos dependentes químicos deva ser realizado em unidades psiquiátricas. A Raps, assinala, é composta pelos Caps, Samu, UPAs e hospitais gerais. “Uma pessoa que faz uso do álcool e de outras drogas muitas vezes apresenta um agravo de saúde, como diabetes, hipoglicemia, problema renal ou cardíaco que deve ser tratado em uma unidade comum”, acentua. “Muitas vezes, o servidor responsável pelo atendimento não tem entendimento do cuidado e manejo com o dependente químico”, explica.

Entre os municípios contemplados nesta primeira oficina estão Anápolis, Goiânia, Cristalina, Cidade Ocidental, Ceres, Aparecida de Goiânia, Luziânia, Bela Vista, Caldas Novas, Formosa, Anicuns e Alexânia. Na programação constam conferências sobre diversos temas, entre eles: A saúde mental no Brasil; O histórico da legislação de álcool e outras drogas e a Política Nacional de Saúde Mental; A lógica da clínica ampliada da Rede de Cuidados em Álcool e outras Drogas; Os CAPs e a rede assistencial; e O trabalho em equipe, o cuidar de si e o cuidar do outro em saúde mental, dilemas, desafios e soluções.

Maria José Silva (texto) e Erus Jhenner (fotos), da Comunicação Setorial

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