Paciente do Hugol quer usar história de superação para ajudar o próximo

Com uma perna amputada em cirurgia após acidente de moto, jovem de 16 anos pretende usar as redes sociais para auxiliar pessoas em situações semelhantes à dele

Existem pessoas que enxergam, até mesmo nas maiores adversidades da vida, oportunidades de fazer o bem ao próximo. O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), conheceu a história de Kaique Ferreira, paciente de 16 anos que teve uma perna amputada em consequência de um acidente de moto e, mesmo assim, pretende criar um canal online para auxiliar pessoas que passaram por situações trágicas similares à dele.

“A verdade é que eu não perdi uma perna, eu ganhei uma nova vida. Não encaro minha nova situação como uma deficiência: eu quero logo voltar para a academia, estudar e trabalhar. Acredito que Deus me deu uma nova oportunidade de viver e quero ajudar outras pessoas que também estão passando por momentos difíceis, relatando minha rotina e conversando com os seguidores através de minhas redes sociais”, relatou Kaique.

O pai de Kaique, Rosivaldo Ferreira, conta que toda a família ficou muito abalada com o acidente, mas se emocionou com a força apresentada pelo jovem, inclusive dando-lhe a palavra final em relação ao processo de amputação.

Decisão de Kaique

“Está sendo uma situação muito difícil, mas não esperávamos essa reação de tanta força do nosso filho. Como ele é menor de idade, a decisão para a amputação era nossa, mas só prosseguimos com o procedimento sugerido pelos especialistas após a aprovação dele. Ele tem demostrado uma serenidade e uma força de vontade ímpares, servindo de inspiração para todos nós.”

O comportamento do paciente também impressionou a equipe do hospital, que acredita no sucesso de sua recuperação e adaptação à nova vida. A enfermeira do hospital, Márcia Kafer, destacou: “O Kaique teve um enfrentamento muito positivo da situação, o que não é comum nesses casos, principalmente pela idade. Essa conduta, inclusive, ajudou a tranquilizar a família, que ficou bastante abalada”.

Larice Kelle, fisioterapeuta residente da unidade, complementou: “Ele é uma pessoa com um bom preparo físico, que frequentava regularmente a academia, mas sua atitude positiva é o grande diferencial para a recuperação”.

José Ferreira Neto (texto) e Edson Freitas (fotos), da Agir

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