Hurso realiza segunda captação de órgãos no ano

Procedimento cirúrgico realizado na unidade da SES-GO em Santa Helena de Goiás levou mais de 4 horas e resultará na captação de fígado, rins e córneas para transplante

Foi realizada, com sucesso, na semana passada, a captação de múltiplos órgãos no Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste (HURSO), em Santa Helena de Goiás. O paciente doador teve a morte encefálica confirmada na quarta-feira, 29. Apesar da dor da perda, a família tomou a decisão que salvou outras vidas, com o transplante de fígado, dois rins e córneas.

O procedimento durou quase 5 horas e foi realizado pela equipe cirúrgica da unidade, por integrantes da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) e profissionais das Equipes Nacionais de Transplantes das cidades de Goiânia, Brasília e Rio de Janeiro. “É sempre uma satisfação enorme participar de uma captação de órgãos. Por mais que seja um trabalho exaustivo, é muito gratificante”, comentou Fernanda Gonçalves, presidente da Cihdott.

“A palavra que define esse momento é gratidão. Eu me sinto muito honrada em fazer parte desse momento. Por um lado, um ciclo termina, mas ele dá início a outro. É muito bom saber que outras pessoas terão a chance de viver”, relatou Rosilene Vieira, técnica de enfermagem que acompanhou a captação.

Amor e solidariedade

A doação de órgãos é um ato nobre de amor e solidariedade que pode salvar muitas vidas. O transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida para pacientes que aguardam a doação. É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão.

A falta de informação e o preconceito ainda são fatores que limitam o número de doações. Para ser um doador, basta informar com seus familiares e amigos sobre seu interesse. A doação é autorizada pelos familiares depois que a equipe médica confirma a morte encefálica do doador. “Eu perdi minha mãe na fila de transplante de fígado. Então, é muito bom conscientizar as famílias sobre a doação de órgãos. Me emociono muito sempre que participo de uma captação”, revelou Rosilene.

Brenno Sarques, do IBGH

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