Oficina mostra casos de sucesso na qualificação da atenção básica

Município de Tauá, no sertão no Ceará, dá exemplo em Saúde Pública

 

Com pouco mais de 59 mil habitantes, a cidade de Tauá, distante 320 km de Fortaleza – CE, destaca-se na atuação da atenção primária em Saúde, que é a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho de atendimento oferecido em Tauá foi conhecido em oficina realizada na última terça-feira, 19, no Augustus Hotel. O evento faz parte de um novo trabalho que irá reestruturar e reorganizar a assistência primária em Saúde em Goiás – o programa Mais Saúde para Goiás.

Em pouco mais de um ano de trabalho, toda a cidade recebeu cobertura do Programa Estratégia de Saúde da Família. As equipes de saúde saltaram de 13 para 25 e o mais importante: caíram de 5 mil para 2 mil o número de atendimentos por mês nas Unidades de Pronto Atendimento da Região (UPAs).

A coordenadora de atenção primária à Saúde do município de Tauá-CE, Vilalba Carlos Bezerra, diz que na cidade o trabalho de planificação (reestruturação da assistência primária) apresentou os resultados esperados, mostrando que a teoria funciona na prática. Ou seja: onde o cidadão recebe os primeiros cuidados na atenção primária, com ênfase na prevenção dos agravos, ele adoece menos, com menor possibilidade de precisar ser atendido com o agravamento de doenças de base como diabetes, hipertensão ou gestações de risco por falta de acompanhamento, entre outros.

Em meio ao sertão nordestino, o atendimento é feito com consultas agendadas, o cidadão sabe a hora e o dia do seu atendimento, onde não existem mais filas e nem dias específicos para cada grupo. Todos são assistidos de forma equânime. Até mesmo os que possuem planos de saúde particular são assistidos e conhecidos das equipes de Saúde.

“O que viemos mostrar nessa oficina aqui em Goiás, que já está no caminho certo para a planificação, é que se conhecemos bem nossa região e as particularidades dela, saberemos melhor planejar nossas estratégias de Saúde”, salientou.

Em Tauá, por exemplo, no processo de territorialização (que é alvo dos cursos) foi estudado o perfil demográfico dos moradores, os riscos aos quais as pessoas são submetidas, perfil epidemiológico, realização de cadastro familiar, cultura, hábitos e particularidades que precisam ser conhecidas para atender com propriedade essa população.

Para Vilalba, Goiás trilha um caminho sólido ao oferecer meios para reestruturação do Sistema Único de Saúde, por meio das oficinas de planificação.

Oficinas

Já foram realizadas duas em Goiás. A primeira sobre redes de Atenção à Saúde e a segunda sobre Atenção Primária. As oficinas serão organizadas até 2018 e o alvo são todos os profissionais que atuam na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás.

“Esse trabalho prova que a reestruturação do sistema de Saúde é realmente eficaz e começa pela Planificação em Saúde, com foco na atenção primária”, frisou Vilalba Carlos.

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