Higienização das mãos é forma eficiente para prevenção da gripe H1N1
Com o surto da gripe Influenza A/H1N1, as pessoas têm aumentado os cuidados com a saúde, visto que se trata de uma doença contagiosa transmitida pelo contato com superfícies contaminadas, e que pode levar à morte. Em 2016, no Brasil, foram registrados 1.012 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza A/H1N1, sendo que 153 casos resultaram em mortes. Para orientar e conscientizar profissionais, pacientes e acompanhantes a respeito da ação dos microrganismos no corpo humano, o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) mantém a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que ressalta que uma das maneiras eficientes para prevenção da gripe é a higienização das mãos com água e sabonete ou álcool gel.
Conforme a médica infectologista e presidente da CCIH, Daniela Ribeiro Rosa, a higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a transmissão de microrganismos e, consequentemente, evitar que pacientes do Huapa e pessoas que atuam na área da saúde adquiram Infecções Relacionadas à Saúde (IRAS), por vírus, fungos e/ou bactérias. “É válido reforçar que esta prática é importante para a proteção do paciente e também para o profissional da unidade. A Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho, NR 32/2005, reforça a necessidade da higienização das mãos para diminuir os riscos biológicos aos profissionais da saúde”, reforça.
Para a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), enfermeira Valquíria Vicente Barbosa, os profissionais que atuam na área da saúde devem higienizar as mãos com solução alcoólica constantemente, pois tal procedimento tem a mesma ação e eficácia que a higienização com água e sabonete, além de demandar menos tempo, ser mais prático, ressecar menos a pele das mãos e o profissional não precisar se deslocar a uma pia. “A higienização das mãos com água e sabonete deve ser realizada apenas quando houver sujidade visível nas mãos”, frisa. Valquíria destaca ainda que, além da escolha do produto ideal, a técnica correta é muito importante, desta forma é garantida a eficácia da prática”, explica.
A equipe do SCIH também reforça junto aos colaboradores do Huapa que, para que haja uma higienização correta das mãos, é necessário retirar os adornos (anéis, pulseiras, relógio, etc), uma vez que estes objetos acumulam microrganismos não removidos com a lavagem das mãos. Outra orientação é evitar encostar na pia ao lavar as mãos, além de evitar o contato direto das mãos ensaboadas com a torneira e, ao finalizar a higienização, utilizar papel toalha para fechar a torneira. Valquíria lembra que no caso da gripe, uma das normas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar a contaminação é a utilização de lenço descartável para higiene nasal e, ao tossir ou espirrar, não cobrir nariz e boca com as mãos, mas com o antebraço ou dentro da roupa.
Dentro do hospital, os profissionais de saúde precisam tocar os pacientes, por isso, quando há suspeita de alguma doença contagiosa, como a H1N1, a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) é de suma importância para proteção do profissional. No entanto, para que não haja contaminação entre outros pacientes e com os próprios colaboradores, os EPIs devem ser imediatamente removidos e descartados após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento. O hospital também faz uso de placas de identificação nas portas dos quartos sobre precauções de contato, aerossóis ou gotículas de pacientes.
Doenças que podem ser prevenidas com a higienização das mãos:
– IRAS: infecção ao paciente; colonização por microrganismos resistentes; transferência dos microrganismos do hospital para a comunidade;
– Infecções diarréicas: gastroenterites, salmonela, rotavírus, verminoses;
– Infecções respiratórias: gripe (sazonal, H1N1), resfriado simples, infecções de ouvido e garganta, sinusite, pneumonia;
– Infecções de pele: escabiose (sarna), impetigo;
– Outros – hepatite A; conjuntivite e varicela (catapora).
Fonte: Huapa