Traumatologia pediátrica do Hugol
O pequeno jogador de futebol João Pedro Lucena da Silva, 12 anos, teve um trauma no tornozelo da perna direita, devido a um chute sofrido durante a prática do esporte. O paciente ficou internado por quase três meses na unidade de pediatria do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) até obter alta no dia 19 de maio.
De acordo com a médica Daniela Cassalho, um dos profissionais médicos da pediatria que acompanhou o paciente, “esse caso poderia ter evoluído para uma amputação se não tivesse recebido o atendimento adequado, em uma assistência que envolveu toda a equipe multidisciplinar da unidade”. A médica alertou sobre como alguns acidentes corriqueiros, como o de João Pedro, podem evoluir para algo mais grave. “Ele ficou grave na UTI, com quadro de infecção sistêmica”, relata Daniela.
No hospital são atendidas crianças vítimas de trauma, sendo as maiores incidências as queimaduras e os acidentes de trânsito. Elísio de Castro, supervisor médico da pediatria do hospital, explica que grande parte dos acidentes ocorre no âmbito doméstico, no lar das crianças, em ocorrências como queimaduras, quedas de altura ou ingestão de produtos tóxicos. O médico alerta que é importante criar um ambiente seguro para as crianças, evitando potenciais riscos para a saúde dentro de casa, e ressaltou a essencialidade do uso dos equipamentos adequados para o transporte de crianças nos veículos, possibilitando que, em casos de acidentes, estas tenham uma chance de sobrevida.
O Hugol possui 10 leitos na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica e outros 10 leitos na clínica de internação pediátrica, que atendem crianças dentro do perfil geral da unidade, vítimas de queimaduras e politraumatismos.
Reunião assistencial
A equipe multidisciplinar da pediatria do Hugol, composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, se reúne duas vezes por semana, no início do plantão, para discutir os casos atendidos, estudar os melhores tratamentos e ainda promover a integração desses profissionais para um atendimento holístico através da multidisciplinaridade.
De acordo com Elísio de Castro, supervisor médico da pediatria, esses encontros são importantes para que os profissionais possam trocar informações e conhecimentos entre as diferentes visões do atendimento de um paciente para encontrarem juntos soluções mais adequadas, indo além da assistência ao refletir sobre o processo de atendimento em saúde.
Fonte: Hugol