SES tem projeto inédito de monitoramento dos equipamentos hospitalares

Atualmente, são 8.110 equipamentos monitorados em onze hospitais da rede própria

Os equipamentos hospitalares são parte sensível da assistência e suporte à vida dentro de um hospital. Por causa disso, a manutenção correta (que garante as condições adequadas de uso), interfere diretamente na qualidade da assistência prestada ao paciente. Os hospitais da rede própria da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) contam com a Engenharia Clínica, um campo do conhecimento que deriva da engenharia biomédica e que foca na gestão de tecnologias de saúde, usando conhecimentos de engenharia e técnicas gerenciais para proporcionar uma melhoria nos cuidados dos usuários dos serviços de saúde.

Desde março deste ano, a gerência de Engenharia Clínica da SES-GO começou um trabalho pioneiro de acesso às informações sobre os equipamentos hospitalares instalados nas unidades estaduais gerenciadas por organizações sociais. Com a interligação dos softwares das engenharias clínicas de cada unidade, a equipe da secretaria consegue acompanhar, em tempo real, qual equipamento parou de funcionar e o motivo do não funcionamento.

De acordo com o gerente de engenharia clínica da SES-GO e responsável pela implantação do programa, Ricardo Maranhão, este trabalho permite que a SES auxilie tecnicamente os hospitais e possa intervir para resolver o problema com maior rapidez, atuando em parceria com a administração das unidades e ainda junto a fornecedores, fabricantes e prestadores de serviços. O engenheiro explicou que antes, a SES auditava pessoalmente as engenharias clínicas das unidades. “Conseguimos acompanhar em tempo real o que acontece em cada unidade, ampliando o nosso trabalho, pois agora fazemos o monitoramento e a supervisão online e no local.”

Atualmente, são 8.110 equipamentos monitorados em onze hospitais da rede própria – Hugo, Hutrin, Crer, Hugol, HDS, HMI, HGG, HDT, Hurso, Huana e Huapa. Entre os aparelhos monitorados estão tomógrafo, ressonância magnética, monitores, respiradores e desfibriladores. No mês de maio, por exemplo, a média de equipamentos parados ficou em 1,13%. Maranhão conta que o setor foi se expandindo e se valorizando dentro das unidades de saúde, pois há um tempo os hospitais não contavam com uma engenharia clínica própria.

Além do acompanhamento online, a SES faz, mensalmente, reuniões com as equipes dos hospitais. O objetivo é criar um fórum de discussões e troca de experiências sobre o tema. O gerente da Saúde de Goiás adianta, ainda, que eles pretendem criar um banco de dados e trabalhar indicadores de uso comum, tais como: qualidade do equipamento, dos serviços de assistência técnica, da engenharia clínica local; tempo de parada de um aparelho, tempo de resposta e período médio que os equipamentos ficam em conserto.

Para Ricardo Maranhão, a maior vantagem da supervisão da SES é impactar na qualidade das engenharias clínicas. “Conseguimos verificar a qualidade do serviço, a manutenção e calibração dos equipamentos. Tudo isso reflete diretamente na melhoria da segurança do paciente, nosso principal objetivo”, avalia o engenheiro clínico.

A equipe é formada pelo gerente Ricardo Maranhão (na foto, à esquerda), e pelos técnicos Adriano de Castro Rocha (à direita) e Gustavo Henrique Alves de Sousa (centro).

Reconhecimento

Em maio, após visitar o Conecta SUS, o secretário da Saúde de Pernambuco, José Iran, elogiou o trabalho de monitoramento dos equipamentos hospitalares. “Esse monitoramento dos equipamentos dos hospitais que é feito no Conecta SUS, é fabuloso. Fui gestor de hospital durante minha vida toda e nunca tinha visto um nível de informações tão preciso em uma área tão delicada como é a de equipamentos.”

Governo na palma da mão

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