Anhanguera Saúde divulga trabalho do Banco de Leite do HMI

Mais que atrair doadoras de leite, a ação Anhanguera Saúde, da TV Anhanguera, está divulgando o trabalho do Banco de Leite do Hospital Materno Infantil (HMI), unidade da Secretaria de Estado da Saúde que há quase 22 anos proporciona leite materno para bebês prematuros e para os filhos de mães que não conseguem amamentar.

A avaliação é da Gerente do Banco de Leite, Renata Machado Leles. Ela acredita que, tão importante quando a captação de leite, é o trabalho de orientação, que ajuda mães com dificuldades.

Flávia Silva dos Santos deu à luz a Rafael há 3 dias e não estava conseguindo amamentar. Sabendo da importância do aleitamento e sem a menor vontade de alimentar o filho com fórmulas infantis, ela procurou o Banco de Leite do HMI na manhã dessa quinta-feira, 25 de agosto, depois de ver reportagem no Bom Dia Goiás.

“Me deu a luz que eu precisava. Me organizei e quero sair daqui amamentando meu bebê”, disse. A sogra, Rosimar de Paula, e o pai da criança, Jhonatan de Paula, acompanhavam com expectativa e esperança. Rosimar, inclusive, deu total apoio à nora e fez questão de acompanhá-la ao Banco de Leite. “Amamentei meu filho e sei o quanto é importante. Quero que meu neto mame”.

A orientadora de amamentação, Iraci Barros de Souza, era só carinho com Flávia e Rafael e não continha a alegria ao ver o bebê sugando. Ela está no Banco de Leite do HMI há 10 anos e já tem 33 de trabalho como técnica de enfermagem. “Já podia ter me aposentado mas não estou pronta para viver sem essa alegria”, conta, referindo-se ao trabalho de ajudar os bebês a mamar.

Alegria é o sentimento que tomou conta da enfermeira Priscila Souza, 25, quando ela conseguiu dar de mamar ao pequeno Ênio, de 33 dias. Com um dos mamilos invertidos, ela sentia muita dor ao amamentar e soube, no Banco de Leite, que o bico de silicone torna a tarefa totalmente indolor.

Com produção suficiente para amamentar e doar, Priscila disse que vai colaborar com o Banco de Leite, mas adiantou que vai solicitar a coleta doméstica. O marido Ismael Oliveira acompanhou a mulher e era só alegria ao ver o problema da esposa solucionado. “Todo apoio é bem vindo nessa hora. Aliás, nós temos muito o que agradecer”.

Servidor público no município de Aparecida de Goiânia, Ismael é analista de sistemas e contou com a compreensão da chefia quando avisou que acompanharia a mulher ao Banco de Leite. “Bebê que mama adoece menos e a gente leva menos ao pediatra. Incentivar a amamentação é até uma questão de inteligência das chefias”, receita.

Marília Arruda estava diante da TV, em Trindade, amamentando o filho Thiago, de 46 dias, quando viu uma matéria na TV Anhanguera, sobre os prematuros alimentados com o leite doado. Com produção mais que suficiente, ela pediu ajuda ao pai, o bancário aposentado Antônio de Lima, e foi ao Banco de Leite fazer sua primeira doação.

Enquanto Marília doava, seu Antônio aguardava pacientemente, todo orgulhoso. Pai de gêmeos, ele contou que os filhos mamaram enquanto quiseram e que sempre incentivou a esposa, inclusive a amamentar em público. “Tem gente que acha feio, mas eu acho natural. Aliás, é um dos momentos mais bonitos que existe entre mãe e filho. O pai que quiser participar, tem que apoiar”, ensina. Marília, por sua vez, ficou feliz em ajudar e aproveitou para se informar sobre a coleta domiciliar.

Maria Tereza, filha de Leidimar Ribeiro, chegou ao mundo há apenas 4 dias. Apressada, nasceu após 29 semanas de gestação e está na UTI do HMI. Leidimar mal vê a hora de ter a filha nos braços mas, enquanto isso não acontece, vai ao Banco de Leite duas vezes ao dia, aliviar as mamas e doar o leite que produz.

A sogra Almene Barbosa de Oliveira acompanha a nora no trajeto Trindade-Goiânia e conta que veio às pressas de Mozarlândia, onde mora, para acompanhar a chegada da neta. Enquanto aguardava Leidimar fazer a ordenha, Almene contava que amamentou os dois filhos até os 7 meses e que contou com o apoio da empresa na qual trabalha até hoje. “Fiquei de licença quatro meses e quando voltei a trabalhar, tirava dois intervalos para dar de mamar”. Ela conta que produzia muito leite mas, como em Mozarlândia não havia banco de leite, jogava fora o excedente. “Dava até uma dor no coração, mas se eu não tirasse, doía muito”, recorda.

Se a procura presencial não aumentou de maneira expressiva, o telefone do Banco de Leite do HMI não parou de tocar. Desde que a TV Anhanguera começou a veicular reportagens sobre a importância do aleitamento e da doação, o interesse pelos serviços da unidade cresceu visivelmente.

A situação não surpreende a Gerente Renata Machado, que sabe das dificuldades de um deslocamento com bebês. “Daí a importância de divulgarmos a coleta domiciliar, que fazemos em parceria com o Corpo de Bombeiros”.

O Banco de Leite fica ao lado do Hospital Materno Infantil e o telefone é 3956-2921. O Dia D de incentivo à doação de leite segue até as 17 horas de hoje, mas as doações e os serviços de orientação acontecem de 2ª a 6ª, das 8h às 17h, durante todo o ano.

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