SES-GO alerta para diagnóstico precoce de doenças reumáticas

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo também procura conscientizar população sobre o tratamento da enfermidade, que atinge 12 milhões de brasileiros

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, é celebrado o Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo, enfermidade que constitui um grupo de aproximadamente 130 doenças, que afetam o aparelho locomotor, ou seja, os ossos, as articulações (juntas), cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Algumas também podem comprometer outras partes e funções do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até mesmo a pele.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), essas doenças atingem cerca de 12 milhões de pessoas, de diferentes idades. Esse avanço levou o MS a instituir a data como forma de conscientizar a população sobre a importância da observação seus sinais, diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e adoção de hábitos saudáveis que proporcionem a melhora do estado de saúde e garantam mais qualidade de vida aos pacientes.

O médico reumatologista Antonio Carlos Ximenes, diretor clínico do Hospital Estadual Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), destaca que as doenças reumáticas mais comuns são artrose, artrite reumatoide, lúpus, gota, osteoporose, tendinites, bursites e fibromialgia. Por se tratar de um grande grupo de doenças, o reumatismo, conforme atesta o médico, pode ter causas diferenciadas e afetar qualquer pessoa.

Esse mal não depende de cor, sexo ou idade e pode ser causado ou agravado por fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas. Mas não é transmissível, nem contagioso, mas, normalmente, é acompanhado de dor.

Casos mais frequentes

Os idosos, na maioria das vezes, são acometidos por artrose – caracterizada pelo desgaste natural da cartilagem articular. A população do sexo masculino, de forma geral, é atingida com maior frequência pela gota, reumatismo relacionado ao aumento do ácido úrico no sangue.

A doença também pode acometer crianças. Um exemplo é a artrite reumatoide juvenil, que causa dores nas articulações. Essa doença tem ótimas condições de tratamento, mas é fundamental que a família procure um médico reumatologista imediatamente, se a criança apresentar os sintomas.

As mulheres com idade de 25 a 45 anos compõem a faixa da população mais afetada pelas doenças reumáticas, em especial as autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide. O surgimento de tais enfermidades nas mulheres está relacionado a uma tendência maior de produção de anticorpos, provavelmente relacionada aos hormônios femininos.

Sinais de alerta

As doenças reumáticas apresentam sinais de alerta que se tornam persistentes por longos períodos. Um dos mais comuns é a dor nas articulações, principalmente por mais de seis semanas, acompanhada de rigidez, vermelhidão, inchaço, calor e dificuldade para movimentar. A dor ocorre com frequência durante a execução dos hábitos de higiene e tarefas domésticas, como na hora de levantar, calçar os sapatos, levantar os braços para pentear cabelos e escovar os dentes.

O tratamento dessas enfermidades é garantido pelo Sistema único de Saúde. Em Goiás, o HGG é referência no tratamento do reumatismo, com o atendimento no Ambulatório de Reumatologia e internação, caso seja necessário. Os pacientes são assistidos, inicialmente, na rede básica de saúde e encaminhados à unidade hospitalar por meio da regulação.

Adoção das práticas integrativas também são formas de tratar o reumatismo. A médica Mara Rúbia Ferreira de Freitas, diretora técnica do Centro Estadual de Referência em Medicina Integrativa e Complementar (Cremic), destaca a importância do uso de diferentes terapias para o equilíbrio da energia do corpo e da mente; do uso de antiinflamatórios naturais e homeopáticos e, ainda, do acompanhamento nutricional.

Mara acentua que o controle dos níveis de ansiedade e stress – que interferem diretamente no surgimento de tais enfermidades – pode ser feito por meio da yoga, meditação, reiki e acupuntura. Assim como no HGG, o atendimento no Cremic é realizado pelo serviço de regulação.

Maria José Silva, da Comunicação Setorial

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