SES anuncia vacinação antirrábica para o dia 17 de setembro

No próximo sábado, dia 17 de setembro, será o dia “D” da vacinação antirrábica no Estado. Quem tem animais de estimação (cães e gatos) deverá imunizar seu pet contra a raiva animal, doença perigosa e letal que pode ser transmitida para os humanos. A expectativa é que vinte mil profissionais da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e das Secretarias Municipais de Saúde trabalhem, direta ou indiretamente, em todo o Estado. A vacinação é gratuita.

O médico veterinário Fabrício Augusto de Sousa, coordenador de Zoonoses da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SUVISA/SES-GO), diz que nos 246 municípios goianos haverá postos de vacinação, que geralmente são unidades de saúde, escolas públicas e outros locais que estarão devidamente sinalizados para este fim. “A raiva é uma doença que não tem cura e é 100% letal, para isso alertamos a todos que vacinem seus animais”, diz o especialista, ao salientar, ainda, que por dois anos não houve campanha de vacinação no Estado.

Existem, em Goiás, 1 milhão e 235 mil cães e gatos. A meta de vacinação é imunizar pelo menos 80% dessa população animal. Em Goiânia, a abertura da campanha de vacinação antirrábica será no posto de vacinação do Jardim Botânico, às 8 horas. Confira endereços dos postos de vacinação em Goiânia (Clique aqui). A população canina e felina na Capital está estimada em 200 mil animais. A meta também é imunizar 80% desse número.

Segundo Fabrício, a prioridade da campanha, além de imunizar os cães e gatos, é proteger o homem contra a raiva humana, pois os animais são os principais transmissores da doença.

Casos

O último episódio de raiva animal em Goiás foi transmitido pela variante canina e datado de 2002 e o de raiva humana, também transmitido pela variante canina, foi em 2001. “Os casos de raiva registrados, em 2014 e 2015, foram transmitidos por morcego, que é impossível de controlar”, diz.

“A participação da comunidade é muito importante para evitar a disseminação dessa doença. Nenhuma outra enfermidade infecciosa tem taxa de mortalidade tão elevada como acontece com a raiva humana”, alertou Fabrício.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2013), 44,3% dos lares brasileiros têm pelo menos um cachorro. A quantidade de cães e gatos já soma 74,3 milhões.

Como agir em caso de acidente

Lave o ferimento com água e sabão e procure orientação médica, identifique o animal agressor e seu proprietário; se possível, observe o animal por 10 (dez) dias; caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procure imediatamente orientação com o Centro de Controle de Zoonoses.

A doença

A raiva humana é causada por um vírus, extremamente grave, com letalidade próxima a 100%, que pode ser transmitida ao homem por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura em mucosa ou pele lesionada. Além de cães e gatos, bovinos, equinos, suínos, macacos e morcegos, os animais silvestres também podem transmitir a doença. Os animais domésticos, porém, são as principais fontes de transmissão para os seres humanos. Nos animais de companhia, esta transmissão está controlada desde 2002. Observa-se o crescimento de acidentes diretos e indiretos envolvendo morcegos.

Os sinais e sintomas nos animais são agressividade ou prostração, dilatação da pupila, fotofobia, falta de coordenação muscular, mordidas no ar e perda dos movimentos.

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