Ação incentiva a relação entre religiosidade e o processo de cura

A ONG “Fazer o Bem Faz Bem Também” realiza duas visitas aos pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) neste mês de julho, nos dias 6 e 20, às 15 horas. O objetivo da ação, que se torna permanente na unidade, é levar oração, conforto e uma palavra de fé para aqueles que estão internados, mas também para os acompanhantes dos pacientes, que muitas vezes ficam fragilizados e passam por momentos difíceis durante o período que exige uma rotina de paciência e muitos cuidados. Além das orações e aconselhamentos, os integrantes da ONG cantam ao longo das visitas e levam material de leitura para distribuição.

Ao entrar nas enfermarias, os voluntários pedem licença e perguntam se alguém no quarto aceita uma oração, a partir daí eles oram e conversam com aqueles que manifestam interesse. A coordenadora do Departamento Psicossocial do HUGO, psicóloga Flávia Zenha, destaca que a adesão dos pacientes a esse tipo de ação é grande. “Muitas vezes, o acompanhante sai do quarto e vai ao encontro do grupo pedir para que entrem para orar com a pessoa que ele está acompanhando. É o momento em que o paciente e o familiar se sentem amparados espiritualmente. Mesmo não podendo sair para ir a uma igreja pedir ou agradecer, a igreja vem até eles e isso é muito importante no processo de cura”, destaca Flávia.

Autora de livros que tratam da relação entre religiosidade e cura, a médica e farmacêutica-bioquímica, Valdelene Nunes de Andrade Pereira, fala que “geralmente, as grandes religiões cultivam bons sentimentos, como o otimismo em relação aos acontecimentos, a gratidão, a confiança, a alegria e o amor. Todos esses sentimentos melhoram a resposta imunológica do corpo humano, inclusive ajudam na produção de células de defesa”.

Fazer Bem Faz Bem Também

A ONG “Fazer Bem Faz Bem Também” é uma organização cristã, interdenominacional, ou seja, é composta por pessoas de várias igrejas evangélicas e também da católica. Entre outras atividades da ONG – que ainda não está formalmente constituída – está a distribuição de cestas básicas e remédios para famílias carentes da Região Metropolitana e também a visita a hospitais.

Nessas visitas, o objetivo é conversar com as pessoas, como se fosse uma visita familiar (muitos não o têm ou têm pouquíssimos familiares dispostos a estar com eles), e levar um pouco de conforto para pacientes e familiares que estão há dias enfrentando tratamento médico. Respeitando, obviamente, o credo de cada um, oferecemos uma oração ao final da conversa e, eventualmente, cantamos uma canção que traga leveza ao local. Cada atividade descrita acima será realizada sempre com o consentimento de todos os que estão na enfermaria. (Texto fornecido pela ONG)

Riva Kran (texto e fotos), do Haver