Escola de Saúde formará sanitaristas em parceria com Fiocruz
Começa no próximo dia 07 de novembro, o Curso de Especialização em Saúde Pública para a formação de 70 profissionais do Sistema Único de Saúde de Goiás. A Escola Estadual de Saúde Pública Cândido Santiago – Esap é uma das dez unidades de ensino da Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública – REDESCOLA, da Fundação Osvaldo Cruz do Rio de Janeiro, com a missão de formar novos sanitaristas para o Brasil. Segundo o técnico da subcoordenação de Pós-graduação Lato strictu sensu da Esap, José de Arimatéia, existe uma grande demanda no país por estes profissionais devido à descontinuidade de cursos na área.
A aula inaugural sobre Políticas de Saúde no Brasil será na própria Esap para primeira turma, composta por profissionais da região central de Goiás, e contará com a presença da coordenadora da Secretaria Técnica e Executiva da Redescola, Rosa Maria Pinheiro de Souza, de Patrícia Pool, também da Fiocruz do Rio de Janeiro, e da coordenadora da Escola Fiocruz de Governo/Brasília, Maria Fabiana Damásio Passos. As aulas da segunda turma, que atenderá os trabalhadores dos municípios, serão iniciadas em agosto de 2017. Na modalidade presencial o curso terá carga horária de 380 horas e será certificado pela própria Esap.
O principal objetivo da qualificação é formar sanitaristas críticos-reflexivos de modo a aprimorar o conhecimento técnico científico dos profissionais que atuam no SUS, qualificando a força de trabalho, estimulando a produção de novos conhecimentos na área. Com isso a proposta prevê a consolidação da qualidade na saúde pública com acesso ao serviço, atualizações de conhecimentos de seus trabalhadores, continuidade das qualificações por meio da educação permanente, equidade (garantia do direito a todos), otimização de recursos e responsividade (corresponder às expectativas).
Para José de Arimatéia, o sanitarista especializado deve ser generalista com condições de atuar na clínica e na gestão, basear as ações, de acordo com a realidade local e buscar soluções de impacto prático. Para ser alunos do curso, o trabalhador deve ser servidor público do SUS, municipal, estadual e/ou federal, com vínculo preferencialmente efetivo, ser professor universitário, que atua na disciplina e/ou estágio em saúde pública; ter curso de graduação, em qualquer área do conhecimento; ter o consentimento do gestor de saúde do local onde atua e ter perfil multiplicador , destaque em ações de educação permanente com compromisso e responsabilidade.
O quadro de alunos da primeira turma será formado por indicação de diversas entidades ligadas à saúde e universidades públicas e privadas do Estado, além de servidores da própria Secretaria de Estado da Saúde. Para a superintendente de Educação em Saúde e trabalho para o SUS, Irani Ribeiro, todo o processo de qualificação dos trabalhadores do SUS tem como objetivo único a melhoria do atendimento à população. “Por isso, o governo de Goiás buscou o padrão de excelência da Fiocruz para a formação dos sanitaristas”, considera.