O diretor explicou que os fatores de riscos podem ser genéticos e hereditários, mas que, em grande parte das vezes, são pela história reprodutiva e hormonal e, especialmente, por fatores ambientais e comportamentais. “Trinta por cento dos casos poderiam ser evitados, em todo o mundo, se as pessoas tivessem hábitos saudáveis, como a prática de atividade física regularmente, alimentação saudável, peso corporal adequado, não consumissem bebidas alcoólicas e, no caso das mulheres, amamentassem”, afirmou. Humberto ainda informou que há quatro formas de se chegar ao diagnóstico do câncer de mama: por meio de exame físico, mamografia, ultrassonografia e ressonância. “É muito importante também que todos realizem o autoexame e caso percebam alguma alteração, procure imediatamente por um especialista”, alertou. Além de estar atenta ao próprio corpo, o médico indicou a importância de que as mulheres, mesmo que assintomáticas, realizem o exame de mamografia, uma vez ao ano, depois do 40º aniversário.

Entre os sintomas da doença, de acordo com o médico, estão a secreção das mamas, alteração do formato do mamilo e alteração do tamanho. “Muitos não acreditam, mas homens também podem ter câncer na mama. As chances são muito menores, cerca de 1% do total de casos diagnosticados, mas é preciso ficar alerta aos sintomas. Nesse caso, os principais indicativos são retração muscular e secreção”, informou. Ainda segundo o mastologista, em casos de pacientes que têm casos de câncer de mama masculino na família, a chance de predisposição genética é ainda maior do que quando comparada à herança genética de um membro feminino.

Ao fim da palestra, o diretor da MNSL abriu espaço para que os presentes tirassem dúvidas e forneceu informações sobre o câncer de próstata, já que a partir da próxima terça-feira (01 de novembro), dá-se início à campanha Novembro Azul, movimento de conscientização sobre doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. A ministração também pôde ser acompanhada por meio da TV Crea, de todas as 28 Casas da Engenharia do Crea-GO espalhadas pelo interior do Estado.

Patologia – O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Para o Brasil, de acordo com Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), em 2016, são esperados 57.960 novos caso. O tipo de câncer é o segundo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por cerca de 25%. O índice somente entre as brasileiras é ainda mais alto, chegando a 28,1%. Existe tratamento para o câncer de mama, e o Ministério da Saúde (MS) oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Movimento – A campanha teve início, em 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Desde então, é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações, promover conscientização e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento contra a doença.