Como o tema “Gotas de Solidariedade fazem litros de diferença”, o evento homenageou a Associação dos Hemofílicos de Goiás; o Serviço Social da Indústria (SESI); a Unimed Goiânia; o Departamento Estadual de Trânsito (Detran); o doador mais antigo, Luiz Antônio Mady; a doadora mais jovem, Stefany Rosa Cruvinel, de 16 anos; e a jornalista Alzenar Abreu, doadora de medula óssea que salvou a vida do irmão. Todos receberam das mãos do governador Marconi Perillo e do secretário Leonardo Vilela o certificado de “Amigo da Saúde”.

Solidariedade sem fronteiras

O ponto alto do evento foi o depoimento da jornalista Alzenar Abreu, servidora da Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) que, em 2013, doou medula óssea para o irmão. Wellington Abreu mora na Cidade do Porto, em Portugal e foi diagnosticado com leucemia. Alzenar contou que a notícia da doença surpreendeu a família e que todos os irmãos fizeram o exame de compatibilidade. “A minha (compatibilidade) foi excelente e, com a graça de Deus, o transplante foi um sucesso”.

Wellington Abreu também participou do café da manhã, em depoimento gravado, direto de Portugal. Ele fez questão de contar que os procedimentos do transplante foram minimamente invasivos e ressaltou que ninguém deve ter medo. “Não tem essa coisa de tirar um pedaço da espinha, de sentir muita dor, nada disso. Foi tudo muito tranquilo para ela”, contou.

Ele disse ainda que a recuperação da irmã foi excelente e a dele, apesar de mais demorada um pouco, também foi muito boa, inclusive com algumas surpresas. “Meu cabelo nasceu preto. Estou com 53 anos, sem cabelo branco, e até as minhas sobrancelhas ficaram mais grossas, características da minha irmã”, contou, divertindo e emocionando os presentes.

Tanto Wellington quanto Alzenar parabenizaram o governo do Estado e a Secretaria de Saúde pela qualidade da assistência dada aos doadores e transplantados e comprovaram a importância do serviço. O mesmo fez o doador mais antigo do Hemocentro, o senhor Luiz Antônio Mady. Com 70 anos, ele começou a doar há 50 anos e não parou mais.

Legado

Com o certificado de “Amigo da Saúde” nas mãos, Mady falou à imprensa que não importa se o receptor é conhecido ou não. “Doar é um ato de amor ao próximo e a gente não precisa esperar que alguém ‘nosso’ esteja precisando de sangue para fazer uma doação”, ensinou.

Ele disse que, ao longo desse meio século, “cumpriu uma jornada” e se sentiu feliz a cada passo. Ao lado da doadora mais jovem – Stefany Rosa Cruvinel, de 16 anos – o senhor Luiz Antônio acredita que deixou um bom exemplo para ser seguido.

Stefany tem incentivo para doar sangue dentro de casa. A mãe é servidora do Hemocentro e quando a menina manifestou interesse em doar, a mãe a incentivou completamente. Isso aconteceu há pouco mais de um ano e ela já fez três doações, todas devidamente autorizadas pelos pais.

“Gosto de doar e acho que eventos como esse ajudam a diminuir os medos”, diz. Alta e magra, a jovem é prova de que doar sangue não engorda, não enfraquece e só faz bem, para quem doa e para quem recebe. “Quero doar muitas outras vezes”, adianta a estudante.

O presidente da Associação dos Hemofílicos de Goiás, Jorge Pereira, afirmou que a entidade trabalha em parceria com o Hemocentro e que os resultados nos últimos anos vêm sendo positivos. “Fui chamado para ser homenageado, mas tenho que agradecer pelo trabalho e pelos resultados alcançados. Estamos confiantes em continuar avançando sempre”, observou o presidente.

Em discurso aos presentes, o governador Marconi Perillo afirmou que os goianos são solidários e que os milhares de doadores voluntários que procuraram o Hemocentro de Goiás são cidadãos a serviço da vida. “Agradeço aos milhares de goianos que doam sangue. Precisamos de mais ações assim para zerar o déficit em Goiás”, disse.

O Hemocentro de Goiás preparou uma programação especial para marcar a Semana Nacional do Doador de Sangue, que acontece de 21 a 26 de novembro. Durante toda a semana, o Hemocentro vai ressaltar o papel fundamental que o doador voluntário tem na vida de milhares de pessoas que dependem da transfusão de sangue, uma vez que é a doação que abastece os estoques de sangue e torna possível a distribuição para os pacientes das unidades de saúde de Goiás.

#PartiuDoar

Para ser um doador de sangue é preciso: estar saudável, bem alimentado, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos de idade e apresentar um documento oficial e original com foto.