Saúde de Goiás apresenta balanço de seis meses de gestão

Evento foi acompanhado pelo governador Ronaldo Caiado, pela presidente de honra da OVG, Gracinha Caiado, e pelo vice-governador Lincoln Tejota

O pagamento ordinário das contrapartidas estaduais para os municípios, a assinatura de convênios com hospitais filantrópicos e a realização dos repasses ordinários para as Organizações Sociais (OS) que fazem a gestão das unidades hospitalares estaduais marcaram os seis primeiros meses de gestão da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES). O balanço foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 11, no auditório do Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, pelo secretário Ismael Alexandrino

O titular da SES apresentou os dados da saúde estadual para o governador Ronaldo Caiado, que prestigiou a ocasião acompanhado da primeira-dama do Estado e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Gracinha Caiado, e do vice-governador Lincoln Tejota. O governador Ronaldo Caiado elogiou o trabalho desenvolvido por Alexandrino a frente da SES e destacou que é possível perceber a transformação da saúde em todos os cantos do Estado, uma das prioridades do seu governo.

Mesmo com as dificuldades financeiras que estamos passando podemos perceber que o secretário e sua equipe estão progredindo nas ações de saúde em Goiás, proporcionando mais qualidade de vida para o povo goiano”, disse. Caiado lembrou ainda que, como médico, prioriza a humanização no atendimento e tem observado isso nas unidades de saúde da rede estadual.

Repasses Ordinários

Alexandrino iniciou a apresentação falando da realização dos repasses ordinários para os municípios goianos, que estavam atrasados há 13 meses, comprometendo os serviços de saúde em todos os 246 municípios do Estado. Segundo ele, a antiga gestão deixou de repassar 145 milhões de reais para os entes municipais, o que colaborou para o sucateamento dos equipamentos de saúde instalados nas cidades. “Os municípios são os responsáveis pelo primeiro atendimento de saúde à população”, explicou ao ressaltar que desde o primeiro mês de 2019 os repasses  ordinários estão em dia, colaborando para a manutenção dos serviços em cada cidade e região.

Outro ponto destacado pelo secretário foi os atrasos na ordem de 215 milhões de reais para as OS que fazem a gestão dos hospitais da rede, ocasionando desabastecimento de medicamentos, insumos e atraso nos salários dos profissionais de saúde das instituições. “No primeiro dia como secretário visitei, ao lado do governador Ronaldo Caiado, o Hospital Materno-Infantil. Como o local estava a ponto de ser fechado por falta de recursos financeiros, sentamos e analisamos as medidas de emergência que podíamos tomar. Assim, o risco de fechamento foi solucionado”, lembrou.

Ainda sobre os repasses, Ismael Alexandrino ressaltou que outros nove hospitais fechariam na primeira semana de 2019 e, após reuniões com os chefes das OS, conseguiram solucionar o problema. Atualmente, os pagamentos são realizados mensalmente e já foram repassados mais de 674 milhões de reais para as Organizações Sociais continuarem operando os hospitais e levando dignidade para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pilares da gestão

Desde o início da gestão, Alexandrino destaca três pilares para um trabalho eficiente: a regionalização da saúde, a regulação do acesso à assistência e a eficiência operacional e financeira das unidades. Pensando nisso, a retomada da construção das unidades de saúde pelo interior do Estado também foi apresentada, com a previsão de operação de quatro policlínicas até o final de 2019, composta por pelo menos 12 especialidades, além da realização de exames clínicos e de imagem, proporcionando qualidade de vida para a população do interior de Goiás, que atualmente percorre até 500 quilômetros para ter acesso a serviços de saúde. “Estamos promovendo dignidade para todos os cidadãos, independente do local de sua moradia. Vamos oferecer o serviço de hemodiálise no interior e isso vai dar mais conforto para os pacientes que precisam desse atendimento ao menos três vezes na semana”, ressaltou.

Outro ponto importante para o avanço da regionalização da saúde foi a assinatura de convênios com hospitais filantrópicos instalados em cidades importantes de Goiás. Na Santa Casa de Catalão já está em operação cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do funcionamento do pronto atendimento para a população da região, proporcionando atendimento rápido para aqueles que precisam da urgência e emergência. A unidade também tem capacidade para realizar cerca de 100 cirurgias eletivas todos os meses. Já na Santa Casa de Anápolis, na região Pirineus, quatro leitos de UTI e mais de 60 cirurgias eletivas foram conveniadas com a SES.

Ismael Alexandrino lembrou que a regionalização se faz com o aproveitamento dos equipamentos de saúde disponíveis em cada região e isso permite a utilização de unidades por meio de convênios. Pensando nisso, a secretaria e o Hospital Padre Tiago, em Jataí, na região Sudoeste II, firmaram um acordo para oferecer o serviço de oncologia na unidade, com cirurgias, quimioterapia, consultas clínicas e leitos de UTI, levando esse tipo de serviço pelo SUS para a terceira cidade de Goiás – Goiânia e Anápolis também contam com atendimento oncológico.

Em relação à eficiência operacional e financeira, a redução dos valores dos contratos com as OS e a ampliação das metas de serviços e atendimentos nas unidades hospitalares foram apresentados como avanços da atual gestão. O resultado foi uma economia na casa dos 36 milhões de reais por ano e aumento de 12% no número de cirurgias. A ampliação do teto de recursos vindos do Ministério da Saúde para a média e alta complexidade também foi uma conquista para a gestão financeira de Goiás, injetando cerca de 150 milhões de reais de recursos federais para o Estado e os municípios.

Transplantes no HGG

Durante a solenidade também foi anunciado pelo secretário a renovação da autorização do Ministério da Saúde para a realização de transplantes renais no HGG. Na unidade são realizados transplantes renais e hepáticos. O HGG, que é o 10ª hospital no Brasil em números de transplantes renais e o primeiro no Centro-Oeste, realizou nos primeiros cinco meses deste ano 57 transplantes renais e quatro transplantes hepáticos, um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2018. “Proporcionar transplantes para os pacientes é levar dignidade e qualidade de vida para as pessoas que sofrem fazendo hemodiálise três vezes na semana”, afirmou Alexandrino.

A solenidade foi acompanhada por pacientes transplantados no hospital, que comemoraram as ações da atual gestão. O paciente Jair Araújo Serrano representou o grupo de pacientes que presenciaram o balanço e relembrou os momentos de hemodiálise realizados por sete anos de sua vida. “Fiz o transplante há cinco meses e minha vida está mudando a cada dia. Hoje sinto felicidade por não ter necessidade de fazer hemodiálise e estar livre pra viver com mais qualidade”, contou emocionado.

Felipe Cordeiro (texto) e Erus Jhenner (fotos), da Comunicação Setorial

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