Cemac JB registra economia de R$ 14,4 milhões no gerenciamento de medicamentos

Centro Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa apresenta resultados da boa gestão na aplicação de recursos financeiros, com renegociações de preços, bonificação de empresas e compartilhamento de doses de medicamentos; sem prejuízo ao tratamento do paciente

Medicamentos adquiridos pelo Cemac JB com preços mais favoráveis para o Estado de Goiás

O Centro Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) registrou uma economia estimada de R$ 14,4 milhões no gerenciamento de medicamentos, do início do ano até o mês de setembro. “Isso é resultado da aplicação de recursos financeiros – sem prejuízo ao tratamento do paciente –, por meio de renegociações de preços, bonificações de fabricantes e compartilhamento de doses de medicamentos baseados na farmacoeconomia”, diz o diretor-geral da unidade do Governo de Goiás integrante da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Roney Pereira Pinto.

“Em virtude da máxima preocupação com o recurso público, a gestão do Cemac JB utiliza o risk sharing (risco compartilhado), que é um acordo entre a financiadora da saúde (planos de saúde e governos federal ou estadual) e o produtor de insumos, materiais ou medicamentos (indústria farmacêutica). Essa ferramenta de gestão permite o realinhamento de preços, bonificações por número de tratamentos e a titulação e dose de indução em tratamento específicos”, acrescenta o diretor-geral. 

O resultado desse gerenciamento, ressalta o diretor, se reflete positivamente no atendimento dos 112.026 pacientes ativos da unidade, que recebem, regularmente, os medicamentos disponíveis no rol padronizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – essa lista é acrescida em 1.915 novos pacientes por mês. A dispensação desses fármacos é feita no Cemac Juarez Barbosa, em Goiânia, e nas farmácias das seis Policlínicas Estaduais distribuídas em Goiás. Atualmente, são 157 medicamentos oferecidos, divididos em 254 apresentações farmacêuticas, que contemplam 104 doenças.

Exemplos
Como exemplo das negociações de preços e bonificações com empresas licitantes, o diretor-geral cita um montante de R$ 6.442,951,40 de economia em três medicamentos, entre eles o Teriparatida 250 MCG/ML caneta de 2,4 ml, cujo preço original era de R$ 2.363,45, mas foi adquirido a R$ 1.682,46 a unidade. Dessa forma, o lote de 4.800 canetas resultou em uma economia total estimada de R$ 3.268.752,00. 

Também com esse foco, o Cemac JB estendeu a todos os medicamentos infusionais repassados por decisões judiciais o mesmo sistema, estabelecido em 2016, do uso da toxina botulínica em serviços de referência em reabilitação. Como exemplo, o diretor-geral cita os medicamentos repassados à Associação de Combate ao Câncer de Goiás, que faz a manipulação dos fármacos de forma que o paciente receba a dose exata. “O compartilhamento de doses (overfill) evita desperdício e gastos desnecessários”, garante Roney Pereira, ao citar que, nessa rubrica, a economia estimada é de R$ 1.609.364,36.

O bom relacionamento do Cemac JB com os demais Estados da Federação também resulta em benefícios, com o recebimento de doações para a rápida utilização de medicamentos com validades próximas a expirar. É o caso das 168 unidades de Regorafenib 40 mg, repassadas a Goiás pela Secretaria de Estado da Saúde da Bahia; e das 166 canetas para insulina reutilizável doadas. Só nesses dois lotes, a economia estimada foi de R$ 62.714,80.

José Carlos Araújo (texto)/Comunicação Setorial

Foto: Cemac JB

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