No encerramento da campanha Setembro Verde, servidor da SES comemora sucesso de transplante com órgão coletado em Goiás, para receptor também de Goiás. Depois de quatro tentativas, nas quais não houve compatibilidade, o servidor da saúde, João Paulo Martins, recebeu, em uma quinta oportunidade, um novo coração, em cirurgia considerada um sucesso

O servidor da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), João Paulo Martins, iniciou uma nova etapa da vida, ao receber na madrugada do último domingo, 24 de setembro, um transplante de coração. No mês em que são realizadas várias ações do Setembro Verde, promovendo educação, informação e sensibilização da população sobre as doações de órgãos no estado, João e a esposa Adrielly Fontes, viveram momentos de esperança, medo e alegria, até a concretização do transplante.

“Quando fomos avisados sobre a possibilidade do transplante, tivemos esperança e ao mesmo tempo o medo do desconhecido. Esperança porque já há algum tempo que ele estava debilitado. Então, quando nos falaram sobre o transplante, e a possibilidade de uma melhora na qualidade de vida, nós agarramos essa esperança e essa expectativa de que ele poderia ficar melhor e ter uma vida normal”, afirma Adrielly, que é cantora profissional.

O transplante foi realizado no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), em Brasília (DF), para onde o casal se mudou e recebeu suporte médico e multidisciplinar. “Quando o João entrou na lista, ele estava na nona posição, e nós fomos chamados por cinco vezes. Então, quando eles ligavam, deixavam claro de que é um processo até o transplante”, relata. 
Após identificar-se um potencial doador, o paciente é chamado ao hospital para ter início ao processo. Mas apenas na captação é possível a confirmação se o transplante será possível, ou não, dependendo das circunstâncias em que o órgão se encontra. “Isso não é possível prever antes dessa cirurgia”, explica. 

Quinta ligação
No sábado, 24 de setembro, João e a esposa receberam a quinta ligação, quando foi possível concretizar o transplante. A expectativa, após a cirurgia, é de que o paciente permaneça de 20 a 90 dias internado. “Alta mesmo, somente será possível um ano após o transplante, enquanto isso teremos que continuar morando aqui em Brasília”, explica Adrielly, acrescentando que após o transplante é necessário que o paciente permaneça em isolamento, com acompanhamento médico para que não ocorra a rejeição do órgão.

Em Goiás, a programação do Setembro Verde  incluiu o 2º Pedal pela Vida, com participação de Patrícia Fonseca, triatleta transplantada de coração; homenagem, no plenário da Assembleia Legislativa, a parceiros envolvidos na doação e transplante em Goiás; uma blitz com motoristas e entrega de material informativo, em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran). Também houve iluminação, na cor verde, de fachadas de órgãos públicos e privados; parcerias com shoppings centers e times de futebol e palestras em hospitais, escolas e empresas.

Texto: Patrícia Almeida / Comunicação setorial
Fotos: arquivo pessoal