HMI esclarece mitos e cuidados necessários no período pós-parto

O pós-parto, conhecido como puerpério, é um momento de transição, quando o corpo da mulher sofre profundas modificações, tornando-a especialmente sensível e confusa com o aparecimento de sintomas ansiosos e depressivos. Para orientar melhor as futuras mamães acerca das dificuldades que podem aparecer neste período, principalmente quando é realizada a cirurgia cesárea, a enfermeira residente, Aline de Faria Gonçalves, palestrou ao grupo de gestantes do HMI nesta última quarta-feira, 18 de janeiro. “Quando algumas mulheres sentem as dores do parto, logo pedem para fazer cesárea, mas muitas não imaginam que, posteriormente, as chances de aparecerem complicações são maiores”, explicou Aline.

A enfermeira destacou ainda alguns sinais do corpo que podem indicar que algo está errado. A falta de ar ou dor no peito, são indícios de embolia pulmonar; dor na panturrilha, pode ser sinal de trombose venal; tristeza profunda, indicativo de depressão pós-parto; grande perda de sangue, pode significar uma hemorragia, além de sintomas como dor de cabeça intensa, febre acima dos 38ºC, dificuldade para urinar e dor forte na região da urina. Em todos os casos, a recomendação é procurar por um médico especialista.

Ao mesmo tempo em que a mulher recupera lentamente do parto e das alterações ocorridas ao longo da gravidez, também precisa se adaptar ao papel de mãe. Mas, mesmo que com todas essas novidades, segundo a palestrante,, é preciso ter cautela no período de recuperação do parto e principalmente na cicatrização da cirurgia. “Para realizar a cesárea, o obstetra faz um corte em sete camadas do corpo, então o risco de ter um infecção é maior, por esse motivo os cuidados também necessitam ser maiores”, a enfermeira enfatizou.

Carregar peso é uma das proibições da mulher que vive o puerpério, para que a coluna possa se recuperar do peso que carregou durante tantos meses. A desobediência da recomendação pode ainda gerar uma complicação maior, como o rompimento dos pontos da cirurgia. A higienização e hidratação da mama foi outro ponto levado em consideração pela enfermeira, que deve ser feita apenas com o próprio leite da mama. A alimentação balanceada da mãe de 3 em 3 horas também é fundamental para a saúde do bebê, uma vez que os nutrientes são passados para o recém-nascido por meio do leite,  alimento exclusivo até os seis meses de vida.

Para fechar o encontro, a enfermeira esclareceu que a água é o único alimento que ajuda na produção do leite, excluindo mitos como canja de galinha, doces e canjica. De acordo com ela, outra forma de estimular a produção do leite é a própria sucção feita pelo bebê durante a mamada. Aline ainda destacou que o colostro – primeiro leite produzido após o parto, com uma consistência espessa e de cor amarelada ou transparente – é o leite mais rico em nutrientes para a saúde do recém-nascido, portanto, fundamental.

 

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