Governo de Goiás alerta: crianças em férias, atenção redobrada

O perigo pode estar nas praias, lagos e piscinas, mas também dentro de casa, por isso, toda atenção é fundamental para preservar a vida dos pequenos e reduzir registros de atendimentos por quedas, queimaduras e intoxicações nas unidades de saúde

Com a mãe, Lúcia, Heitor sorri, em leito do Hecad, após cirurgia bem-sucedida no braço direito

Julho chegou, com a expectativa de descanso, diversão e muita alegria… Para a criançada, com certeza. Para os pais, ainda que também estejam de férias, nem tanto. É preciso descansar e se divertir, sim, mas sem abrir mão dos cuidados com os pequenos, nos clubes, nas praias, mas também em casa. O alerta é do Governo de Goiás, que orienta pais e responsáveis, também neste mês. Atropelamentos, afogamentos, quedas, queimaduras, intoxicações… Os riscos são muitos e preocupantes, antes, depois, mas também durante as férias.

No Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), de janeiro de 2020 até a presente data, foram realizados 2.201 atendimentos desse tipo de casos com crianças. A grande maioria são quedas, com 2.081 casos, seguidos por atropelamentos (113), afogamento (5) e intoxicação (2). Já devido ao seu perfil, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescentes (Hecad) soma mais de 1,3 mil casos apenas neste ano. Desse total, a maior parte (582) envolve algum corpo estranho (como grãos de cereal no ouvido, por exemplo), seguido de traumas que ocasionaram algum tipo de lesão e/ou fratura (563). 

Um dos casos mais recentes no Hecad é com o menino Heitor, de 6 anos, trazido de Varjão para passar por cirurgia no braço direito. A mãe, Lúcia de Fátima Moreira, de 42 anos, conta que o menino quebrou o braço quando brincava em um escorregador de uma creche do município, a 69 km de distância de Goiânia. Se estivesse em casa, acredita Lúcia, o risco de o acidente ter acontecido seria bem menor. “Comigo, ele está mais seguro, pois tomo todos os cuidados”, garante. Ela conta que trabalha fora, mas tem a liberdade de levar o filho para o emprego. “Estou sempre atenta, nas férias também, não deixo ele sozinho e nem ir pra rua”, explica. 

Toda essa atenção é fundamental, concorda o capitão Peres, do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBM-GO). Segundo ele, o comportamento da criança é imprevisível. “Ela pode estar quietinha, no quarto, e resolve andar pela casa, na área de lazer e ambientes ao redor”. É onde pode morar o perigo. “De repente, um objeto de pequeno porte, que pode obstruir as vias áreas da criança, pode despertar a curiosidade”. Por isso, orienta, é preciso manter portas e gavetas de armários e guarda-roupas bem fechadas, sobretudo na cozinha, banheiros e área de serviço, onde há mais riscos, como produtos tóxicos e materiais perfurocortantes. 

O capitão Peres cita ainda o perigo das panelas no fogão, em qualquer momento que seja, pois podem causar contusões e/ou queimaduras, caso sejam puxadas pela criança. “Os cabos devem sempre estar virados para dentro do fogão”, reforça. Ele cita ainda o cuidado para quem tem áreas de lazer com piscinas. “O Corpo de Bombeiros não fiscaliza residência unifamiliares, mas orienta deixar piscinas isoladas e com grades de proteção”, explica. Essas dicas são uma das formas mais eficientes de não precisar tomar outra providência mais urgente e indesejável: ligar no 193, o telefone da emergência do Corpo de Bombeiros.

José Carlos Araújo (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial

 

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