HGG participa de segunda etapa do Projeto Recomeçar

Em parceria com o Tribunal de Justiça, unidade de saúde do Governo de Goiás vai realizar cirurgias plásticas de reparação em mulheres vítimas de violência doméstica

Profissionais de saúde do HGG durante atendimento a uma mulher vítima de violência doméstica

Dezessete mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica passarão por cirurgias plásticas de reparação na segunda etapa do Projeto Recomeçar. Quatro desses procedimentos serão realizados no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Na primeira edição do projeto, em março, foram atendidas 14 pessoas, cinco delas no HGG.

O termo aditivo para a segunda etapa deste projeto foi assinado no dia 19 de junho. A parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o TJ-GO e Fundação de Ações Humanitárias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Fundação Ideah), engloba também a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. As pacientes passaram, no dia 24 de junho, pela primeira consulta de avaliação e indicação das cirurgias.

No HGG, a ação é feita com a participação de cirurgiões plásticos, residentes, anestesistas, enfermeiros, técnicos, entre outros profissionais voluntários. Os procedimentos estão em conformidade com a Lei Federal n°13.239, de 30 dezembro de 2015, que dispõe sobre a oferta e realização, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher.

As seis mulheres selecionadas para os procedimentos cirúrgicos foram atendidas pela equipe do HGG e avaliadas por quatro médicos residentes e um preceptor, o médico Carlos Gustavo, sob coordenação e orientação do chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da unidade, Sergio Augusto da Conceição. Duas delas não se encaixam no perfil para serem operadas e as outras quatro já foram encaminhadas para realização de exames pré-operatórios.

Cidades
As vítimas selecionadas para participarem do projeto são de cidades como Jataí, Aparecida de Goiânia, Nova Crixás, Quirinópolis e Formosa. Elas já foram avaliadas pelos chefes das áreas de cirurgia plástica e residentes das instituições parceiras. A seleção das mulheres ocorreu por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-GO. Outras vítimas também terão a oportunidade de passar por uma triagem para a realização de cirurgias reparadoras.

O médico do HGG, Sérgio Augusto da Conceição, ressalta que esse primeiro contato é válido para conhecer as pacientes do programa de perto. Os médicos conhecem as histórias, queixas e relatos das pacientes e podem entender e triar suas reais necessidades.

As pacientes que não atenderam aos critérios do programa de correção das sequelas físicas foram encaminhadas e orientadas para a realização dos procedimentos que necessitam. “Este é um projeto muito importante que visa retomar a autoestima e a qualidade de vida dessas mulheres que foram vítimas de violência”, destaca o médico.

Cristiane Lima (texto e foto)/Idtech
 

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