Data marca luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes e tem como objetivo mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa desses direitos

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio das Coordenações de Vigilância de Violência e de Acidentes, participou, nesta quinta-feira, de uma das ações que destacam a importância da conscientização pelo Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. 

Nste ano, a data ainda lembra os 50 anos do assassinato da menina Araceli Crespo, raptada, drogada, estuprada e morta no Espírito Santo, sem que ocorresse nenhuma punição dos autores. O crime virou marco da criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual contra Crianças, neste 18 de maio.

A ação, que envolveu estudantes de escolas municipais e estaduais, na Praça Campininha das Flores, em Campinas, faz parte da Campanha Faça Bonito Goiás, do Fórum Goiano de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e da Rede de Atenção às Pessoas em Situação de Violência de Goiânia, da qual a SES-GO também faz parte. 

O Fórum Goiano conta ainda com a participação de diversos órgãos públicos estaduais, municipais, universidades, Defensoria Pública do Estado, organizações não-governamentais (ONGs), Ministério Público, Conselho Tutelar, Ordem dos Advogados do Brasil, Movimento Meninos e Meninas de Rua, Polícia Rodoviária Federal, entre outras instituições e pessoas que atuam na promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 

Durante todo o mês, os parceiros envolvidos na Campanha Faça Bonito Goiás vão divulgar e alertar para o enfrentamento das violências sexuais, com incentivo para as denúncias pelo Disque 100 – Direitos Humanos.  

Em Goiás, foram registrados 8.272 casos de violência, no ano passado, 56% deles violências de todos os tipos, cometidas contra crianças e adolescentes. Em seguida, com 44%, está a violência sexual, da qual 73% foram cometidas dentro das residências. 

A coordenadora de Violências da SES-GO, Maria de Fátima Rodrigues, reforçou o alerta para que o enfrentamento à violência contra criança e adolescente seja feito no dia a dia. “É a sensibilização de toda a sociedade, mesmo. Se suspeitar uma mudança de comportamento, se a criança apresentar que está passando por um sofrimento, pode ser uma violência sexual, e precisa ser feita a denúncia na Saúde, ou nos órgãos de assistência social e Conselhos Tutelares, para protegermos nossas crianças e adolescentes”, orientou.

Yara Galvão (texto) e Marco Monteiro (foto)/Comunicação Setorial