“Doutoras palhaças” levam alegria, conforto, amor e informações sobre doação de leite humano para pacientes, acompanhantes e colaboradores da unidade do Governo de Goiás

O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu), por meio do Banco de Leite Humano (BLH), promoveu uma ação especial na unidade com a participação do grupo voluntário Missão Sorriso, na segunda-feira (15/05). O grupo de doutoras palhaças, que sempre leva alegria, conforto e amor às pessoas internadas, acompanhantes e colaboradores, estava com uma missão ainda mais especial: levar informação sobre a doação de leite materno.

O evento faz alusão ao Dia Mundial da Doação de Leite Materno, celebrado no dia 19 de maio. Dra. Pichulla, Dra. Amnésia e Dra. Laranjinha percorreram todos os setores do Hemu,  vestidas a caráter e passando informação sobre a doação de leite materno.

A professora Cárita Raiane Paião Mendes, 35 anos, fazia extração do leite para doar, no momento da visita do grupo de voluntárias. “Eu fui incentivada a doar o leite e acho muito importante. Assim como meu filho que se encontra internado na UTI toma leite de outras mães, eu me senti na obrigação de retribuir. Além da passagem das doutoras palhaças do Missão Sorriso que me trouxe alegria, conforto e me tranquilizou”, afirmou.

A personagem da doutora Pitchulla, Maria Silvânia Barbosa, 43 anos, destacou a importância de fazer parte do grupo Missão Sorriso. "É muito gratificante, e isso é o que eu amo fazer. É muito bom quando, por meio do nosso trabalho, vemos carinhas sorrindo e alegres mesmo em um ambiente, às vezes de muita dor dentro do hospital", afirma.

"Eu sempre falo que isso é o que eu quero fazer para o resto da minha vida. Levar conforto para as pessoas por meio da alegria. Na maioria das vezes, só de olhar para a nossa caracterização e figurino a pessoa já sorri e isso é muito gratificante, me mostra que estou no caminho certo”, declarou.

Método Canguru
No mesmo dia, foi celebrado o Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru, lembrado mundialmente no dia 15 de maio. As ações destacaram a importância do método na recuperação desses pacientes, como explica a médica pediatra e coordenadora Estadual do Método Canguru, Daniela Portal. “Todos os hospitais do Brasil realizam ações para  estimular e divulgar a técnica."

"O método consiste nos cuidados para o bebê prematuro e para o bebê menor 2,5 quilos. E possui várias vantagens, como estímulo e manutenção do aleitamento materno; tem o vínculo da família com o bebê; a permanência dessa família para que aprenda a desenvolver os cuidados com esse bebê especial que é um bebê prematuro; valoriza muito o reconhecimento dos sinais de perigo pela família para que esse bebê possa ser cuidado com um olhar diferente em casa", enumera. "Além disso, o Método Canguru ainda estimula a alta hospitalar precoce desse bebê”, destacou.

Para a fonoaudióloga e integrante da equipe de coordenação do Método Canguru da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Anna Cecília Rodrigues, o método proporciona vários benefícios tanto para o bebê prematuro quanto para a família. “Além disso, reconhecemos que o leite materno é o melhor alimento para o bebê. Por isso, as ações são conjuntas pois um se entrelaça no outro. Tanto a doação de leite materno quanto o Método Canguru dependem um do outro para uma total e rápida recuperação desse bebê”, afirmou.

Já para a coordenadora do BLH, Renata Leles, a missão foi alcançada. “Pensamos em proporcionar esse momento lúdico justamente com a intenção de sensibilizar e informar às mães sobre a importância da doação do leite materno e fazer algumas demonstrações sobre como funciona o método canguru e como ambos estão interligados."

O leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos, ou seja, ajuda a salvar vidas. A doação não prejudica a mãe ou seu bebê, pois a produção do leite segue a lei da demanda: quanto mais leite for retirado, mais leite será produzido e em parceria está o método canguru que durante a amamentação fortalece os laços entre mãe e filho”, informou, ainda.

Ana Cléia (texto e foto)/IGH