Hetrin promove visitas em instituições municipais com foco no meio ambiente

Iniciativa da unidade do Governo de Goiás em Trindade tem como objetivo implantar ações mais sustentáveis e buscar parcerias para promoção da saúde ambiental

Profissionais do Imed e do Hospital Estadual de Trindade em uma das visitas com foco ambiental

O Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) realizou uma série de atividades com foco na implatação de ações mais sustentáveis na unidade. A iniciativa é baseada na agenda ESG (meio ambiente, social e governança, do inglês, em tradução livre). Trata-se de ações para gerar um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente e, com isso, reduzir riscos, melhorar o relacionamento com clientes, fornecedores e a comunidade.

Com a presença de Karina Pavão, consultora de sustentabilidade/ESG do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed),  organização social que administra o Hetrin, integrantes do hospital realizaram um estudo do que é feito atualmente para estudar estratégias de melhorias para o descarte de resíduos da unidade, além de visitas e buscas por parcerias.

As visitas foram feitas ao Aterro Sanitário Municipal, ao gabinete do secretário municipal do Meio Ambiente, à empresa Bio Resíduos Ambientais e a uma associação de catadores de materiais recicláveis de Trindade. Antes, uma inspeção interna em cada setor do Hetrin, observou como são feitos a separação e o descarte de resíduos, bem como a logística de retirada.

A análise mostrou que ainda ocorre muito descarte de materiais recicláveis no lixo infectante. Como forma de conscientização, serão ofertados treinamentos para os colaboradores sobre a importância do descarte correto e os cuidados com o resíduo infectante, em especial de perfurocortantes, como as agulhas, entre outros.

Resídios sólidos
No mesmo dia, foi realizada uma reunião em que o secretário municipal do Meio Ambiente, Roberto Ibrahim Brihi Badur, apresentou os projetos que a secretaria já tem e outros de preservação em fase de planejamento, como uma usina fotovoltaica para captação de energia solar. Foi discutida ainda a questão dos resíduos sólidos do município e do hospital, a fim de buscar um gerenciamento de forma mais sustentável e adequada.

“Um dos grandes desafios é a questão dos resíduos sólidos dos serviços de saúde, que contém, em parte, materiais infectantes que devem ser descartados e tratados corretamente. Mas, apesar disso, a maioria dos resíduos dos serviços de saúde é comum, e em torno de 30% pode ser reciclado”, afirma a consultora Karina Pavão.

Também foi realizada uma visita ao Aterro Sanitário Municipal de Trindade – o quatro aterro licenciado de Goiás – que hoje opera a trincheira 2, com expectativa de 8 anos de vida útil, com uso de manta impermeabilizada na trincheira e na lagoa, para evitar a contaminação do ambiente e das águas subterrâneas pelo chorume, resultante da decomposição dos resíduos orgânicos.

Já existe no município um movimento para melhor coleta e conscientização da população, como a implementação de ecopontos para a entrega de latinhas, alumínio, papel, equipamentos e baterias eletrônicas.

Materiais recicláveis
As equipes do Imed e Hetrin conheceram uma associação de catadores de materiais recicláveis, com o intuito de valorizar e apoiar esse importante e difícil trabalho realizado por um grupo em prol de toda sociedade. A associação, registrada com 42 catadores em situação de vulnerabilidade socioeconômica, faz a triagem dos materiais que conseguem coletar pela cidade.

A outra visita foi realizada na empresa Bio Resíduos Ambientais, que faz o tratamento do resíduo infectante produzido no Hetrin por meio de autoclaves que não emitem gases de efeito estufa, seguindo a legislação pertinente, com controle microbiológico. O rejeito é descartado em outro aterro licenciado.

“Essas visitas foram realizadas com o intuito de fazer um mapeamento completo, identificando riscos e possiveis parcerias para melhorarmos essas questões junto com a comunidade local, cuidando adequadamente de nossos residuos e garantindo melhor sustentabilidade em todo o processo, dentro dos pilares do ESG, explica a consultora de sustentabilidade/ ESG. “Olhar só para dentro dos hospitais não é o bastante. É necessário conhecer o caminho que esses resíduos fazem até seu descarte e tramento final”, acrescenta ela.

Isabela Maione (texto e foto)/Imed

 

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