Conass discute retomada das campanhas de vigilância em saúde
Na reunião, saúde de Goiás reforça importância de reforço das medidas de combate à dengue e ISTs. Parceria entre SES e Conass focará na evolução de centros de inteligência e tecnologia voltada para fomento e análise de dados estratégicos
O Ministério da Saúde (MS) informou aos secretários estaduais reunidos, nesta quarta-feira (15/2), em Brasília, na assembleia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nesta quarta-feira (15|2), que vai retomar toda a articulação estratégica em torno das vigilâncias epidemiológica, ambiental, de saúde do trabalhador e sanitária com foco nas emergências em saúde pública em todo o País. Uma atenção especial será dada às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e aids, em crescimento em todos os Estados, e no combate às chamadas arboviroses – dengue, zika e chikungunya – endêmicas no Brasil.
“O ministério vai fazer o enfrentamento de mostrar que a solução do combate à dengue é menos pelo fumacê, que a população gosta de ver, mas que não tem eficácia, e muito mais pelo controle do vetor”, comentou a secretária nacional de Vigilância e Atenção em Saúde, Ethel Maciel. "A aposta nacional é uma nova tecnologia para esterilização dos mosquitos, capaz de deter a elevada incidência das doenças em vários Estados, explicou Ethel.
Para o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, reforçar essas medidas é muito importante. “A sífilis vem crescendo muito em Goiás, assim como em outros Estados, e nos preocupamos muito. A ação deve ter alinhamento nacional. Da mesma forma, a conscientização está muito ligada à prevenção das arboviroses e, sem dúvida, as novas tecnologias, agrupadas com uma ação dos agentes de saúde e endemias, é o caminho a seguir”, pontuou.
Entre as prioridades estão ainda a saúde da mulher, com foco no combate ao feminicídio e mortalidade prematura, incluindo as mortes maternas. A recuperação das coberturas vacinais, com campanhas publicitárias educativas, e o alinhamento de estratégias com todos os Estados, incluindo grandes mobilizações nacionais, é meta prioritária. “Estados do Norte começarão primeiro a vacinação da influenza, pelo fato de serem atingidos primeiro pela sazonalidade da gripe”, anunciou a secretária Ethel Maciel.
Também a segurança viária será tema de um grupo de trabalho que será criado para subsidiar análise de cenário dos acidentes por motocicletas, que vêm crescendo a cada ano no País, e adesão a uma campanha da ONU sobre segurança viária. Outra abordagem prioritária será sobre o consumo abusivo de álcool. Nota técnica deverá ser lançada pelo MS para subsidiar posicionamento sobre o tema.
Cieges Conass
Dados, informação e conhecimento formam uma pirâmide de inteligência a ser trilhada diante da enormidade de informações e dados em saúde pública disseminados entre centenas de sistemas diferentes. O assessor de comunicação do Conass, Marcos Cabral, apresentou o Centro de Informações Estratégicas para a Gestão Estadual do SUS (Cieges).
As tecnologias disponíveis permitiram estruturar uma sala de situação para todo o País com informações em saúde organizadas e georreferenciadas, para subsidiar as políticas públicas e análises para tomada de decisão. “O painel é parte visível de um trabalho muito complexo e urgente para o SUS em todo o País”, disse Marcos Cabral.
Um dos objetivos do Conass é apoiar as secretarias estaduais na criação de salas de monitoramento semelhante. Goiás, por exemplo, conta com o ConectaSUS, uma sala de informações estratégicas ligada à Superintendência de Tecnologia e Inovação (Sutis), referência nacional nessa proposta. “A tecnologia é o recurso que economiza tempo e dinheiro na gestão do SUS e é fundamental para nortear o planejamento que queremos fazer na SES-GO”, observou o secretário Sergio Vencio.
A superintendente da Sutis, Luiselena Luna, e a analista ConectaSUS, Paulie Marcelly, estabeleceram contato com a equipe Conass que vai visitar o ConectaSUS e conhecer os projetos para o fortalecimento desse trabalho. “A atual gestão entende a importância da tecnologia e saúde digital para uma eficiência da tomada de decisões”, comentou Luiselena.
Iara Lourenço (texto) e Marco Monteiro (fotos)/Comunicação Setorial