O projeto, que será implantado em Goiás, tem o objetivo de melhorar a saúde cardiovascular na Atenção Primária à Saúde

Com o objetivo de aprofundar os trabalhos para a implementação da Iniciativa HEARTS em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) visitou, nos dias 08 e 09 de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, que já conta com o programa em funcionamento. A iniciativa, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em parceria com o Ministério da Saúde, visa melhoria da saúde cardiovascular na Atenção Primária à Saúde (APS).

O termo “HEARTS”, além de significar “coração” em inglês, é um acrônimo que reúne os seis pilares da iniciativa: H – Hábitos saudáveis; E – Evidência (protocolos clínicos baseados em evidências); A – Acesso a medicamentos, tecnologias e insumos; R – Risco (manejo de risco cardiovascular); T – Trabalho em equipe (equipes multidisciplinares); S – Sistema (indicadores padronizados para avaliação de resultados). 

De acordo com a coordenadora geral de redes da SES, Paula dos Santos Pereira, dezoito municípios goianos já foram selecionados para começar o projeto. As ações devem ser iniciadas em janeiro de 2023. A proposta é ampliar o número de municípios à medida que a Iniciativa for implementada e estiver em pleno funcionamento. “A importância do HEARTS é promover a prevenção e o acompanhamento de doenças cardiovasculares nos municípios goianos, na Atenção Primária, onde o paciente é acompanhado no seu território. Além de organizar os processo de cuidado a essa condição qualificando a assistência e prevenindo agravos como AVC e outros”, pontua a coordenadora. 

Em Goiás, o HEARTS será trabalhado pela SES-GO, em parceria com a Opas, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems) e Universidade Federal de Goiás (UFG). A visita técnica foi organizada pela Opas, juntamente com o Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e Hospital Moinhos de Vento.

HEARTS
A iniciativa tem potencial para qualificar o atendimento à população com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da organização de diretrizes e do apoio à implementação de linhas de cuidado voltadas aos agravos e seus fatores de risco, como a promoção da alimentação saudável e da atividade física e a redução da prevalência do tabagismo e do consumo de álcool. As DCNT correspondem a 72% da mortalidade no Brasil.

Texto: Isabela Melo/Comunicação Setorial 
Foto: Coordenação Geral de Redes/SES-GO