A proposta mostra-se sensível com a divulgação pela ONG Criança Segura Brasil, de que o Estado de Goiás está na 4ª posição no ranking de capitais e estados com maiores taxas de morte de crianças e adolescentes por acidentes de trânsito (0 a 14 anos).

Os  dados são do DataSUS é para montar o ranking foi calculada a taxa proporcional desta faixa etária para cada 100mil habitantes. Pelo estudo, elaborado com dados de 2014 (os mais recentes oferecidos pelo instituto), foram mortas em Goiás 88 crianças, com 369 internações.Destas, 39% com ocupantes de automóvel, 27% outros, 26% pedestres e 2% ocupantes de motocicleta.

Em Goiânia, foram 14 registros de óbitos em 2014 sendo 40% de pedestres, 27% outros, 20% ocupantes de automóveis, 7% ocupantes de motocicleta e 6% de ciclistas.

No Brasil, 830 mil crianças morrem vítimas de acidentes em geral, anualmente, em todo o mundo e no Brasil são 4.316 crianças que morrem vítimas de acidentes em geral. Estudos indicam que 90% dos acidentes podem ser prevenidos.

Ações

“É lamentável que a brutalidade no trânsito tem atingindo tantas crianças. A imprudência  como o abuso da velocidade e o álcool no trânsito são a as maiores causas. E isso se potencializa com a falta do uso das cadeirinhas que são os equipamentos de proteção obrigatórios para essa faixa etária. “ diz o Secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela.

Segundo levantamento do DataSUS, Goiás gasta, anualmente, mais de 2 milhões em tratamento e reabilitação dos feridos. “Sem contar com a dor imensa das famílias que perdem seus entes queridos”, diz.

Para combater a causa considerada uma epidemia mundial,  o estado de Goiás criou o Observátorio desenvolvido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Os principais objetivos do Observatório são contribuir para a redução da morbimortalidade pelos acidentes  e produzir subsídios técnicos aos gestores estaduais e municipais por intermédio de estudos, pesquisas, projetos e assessoria, visando à implementação de uma mobilidade urbana sustentável nas cidades.

“Para tanto, qualificamos profissionais de Saúde e de trânsito para implementar ações que venham a reduzir a mortalidade por acidentes e produzimos boletins epidemiológicos  que apontam o perfil da mortalidade por acidentes de transporte terrestre. Também realizamos campanhas educativas semestrais que promovam a adoção de comportamento seguro no trânsito”, diz a coordenadora do Observatório, Maria de Fátima Rodrigues.

Promover a articulação intersetorial com vistas a redução de lesões graves e óbitos por acidentes de trânsito para subsidiar, com dados, a implantação de políticas públicas também faz parte do cotidiano do observatório.

Em Goiás, são referência para atendimento de traumas originários por acidentes de trânsito os Hospitais, Hugo, Hugol, Hurso, Huana e Huapa e o Crer para reabilitação.

 “Toda a comunidade está convidada a doar cadeirinhas, bebês-conforto e assentos de elevação para veículos. O objetivo é coletar o maior número de exemplares para distribuição que serão entregues em maternidades públicas na Capital. Serão disponibilizados vários pontos de coleta para a arrecadação dos equipamentos”, diz Maria de Fátima. (Veja quadro abaixo).

As arrecadações fazem parte da programação de eventos do Maio Amarelo, mês em que se celebra mundialmente a data em alusão à luta contra acidentes de trânsito.

Segundo o estudo, as crianças são mais vulneráveis por travessia inadequada,  por quererem imitar o comportamento do adulto.Têm percepção audiomotora, visual  e periférica mais vulnerável,  falta de entendimento dos sinais de trânsito, desatenção, estatura e inexperiência.

Propostas

O estudo aponta que para combater esses acidentes no Brasil são necessárias as seguintes melhorias:

-Nas condições de trânsito para via e para o pedestre, melhor  sinalização escolar;

 -Mais fiscalização;

 -Mais campanhas educativas contínuas junto à sociedade civil organizada;

 -Efetivar o CTB;

– Recursos;

– Velocidade menor – 2017 – #slowdown;

– Reduzir o beber e dirigir;

-Potencializar a cobrança do uso de  Capacete para ciclistas e motociclistas;

-Criança ver e ser vista no trânsito;

– Uso de dispositivo de retenção;

– Supervisão das crianças no trânsito;

– Melhorar a qualidade da infraestrutura viária;

– Carros mais seguros;

 -Atendimento adequado às crianças traumatizadas;

-Mais palestras e panfletagem para a comunidade escolar e organizações da sociedade civil;

-Blitz Educativa pensada com a comunidade escolar.

Conheça os pontos de coleta

-Serão disponibilizados vários pontos de coleta para a arrecadação dos equipamentos, como por exemplo, a sede da Coordenação Estadual de Vigilância de Violências e Acidentes: Avenida 136, n° 960, 11º andar, edifício Executive Tower, st. Marista, Goiânia, telefone: (62) 3241-2632/2866

– Secretaria municipal de trânsito que fica na Av. Laudelino Gomes nr: 250 Setor Bela Vista, telefone 3524-1220;

– Setor de voluntariado do CRER Av Ver. José Monteiro N 1655 Setor Negrão de Lima – 3232-3138;

– Sede do EVV – Programa Educando e Valorizando a Vida Rua C 158 Qd. 314 Lt 17 N 730 Jardim América; Setor de comunicação da SES Rua SC 1 N 299 Parque Santa Cruz – 3201-778.