Com estrutura moderna e ampliação de atendimento, Hemocentro de Rio Verde é inaugurado

Novo prédio é resultado de investimentos de R$ 2,2 milhões e vai proporcionar a ampliação da oferta de sangue, beneficiando diretamente 28 unidades de saúde da região sudoeste do Estado

Sandro Rodrigues e demais participantes da inauguração visitam uma das instalações do novo Hemocentro

“Eu parabenizo os responsáveis por essa revitalização. Particularmente, estou emocionada, pois acredito que muitas pessoas doarão sangue após verem essa nova estrutura. Tenho certeza que isso vai salvar muitas vidas”. O comentário, da moradora de Rio Verde e doadora de sangue Adriana Cristina Ramos, mostra a importância da inauguração do novo Hemocentro do município. A entrega das novas instalações ocorreu na manhã desta quarta-feira (31/8), com a presença do secretário de Estado da Saúde, Sandro Rodrigues. 

Com investimento na ordem de R$ 2,2 milhões, o prédio do Hemocentro Estadual da Região Sudoeste 1 – Hemogo Rio Verde foi totalmente reformado e passa a contar com uma estrutura moderna, que proporcionará mais conforto e comodidade para doadores e pacientes. O Hemocentro de Rio Verde atende a demanda de hemocomponentes de 28 unidades de saúde da região sudoeste do Estado, distribuídas entre 12 municípios: Rio Verde, Santa Helena, Castelândia, Caçu, Turvelândia, Cachoeira Alta, Montevidiu, Acreúna, Itarumã, Itajá, Maurilândia e Porteirão.

Sobre a importância da nova estrutura, o secretário Sandro Rodrigues lembrou o intenso trabalho de melhorar os serviços de saúde em todo o Estado. “A lógica que trabalhamos no contexto da regionalização é manter no interior a mesma qualidade de estrutura e atendimento que temos na Capital. Essa grande melhoria que aconteceu aqui garante, na prática, um melhor acolhimento e segurança ao doador e paciente '', disse. O secretário também lembrou que a população de Rio Verde sempre responde muito bem às campanhas de doação e que a reforma é um reconhecimento a esse alto engajamento.

O Hemocentro de Rio Verde foi inaugurado em 1990 e, nas gestões anteriores, não recebeu os investimentos necessários para melhoria da estrutura física e tecnológica da unidade. “Essa reforma representa o que temos feito em todas as regiões, que é promover uma melhoria contínua na oferta de serviços para a população do interior, tanto nos hospitais, nas policlínicas e nas unidades de suporte, como é o caso do Hemocentro”, disse Sandro.

A diretora-técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, explicou que a reforma trouxe uma revitalização completa do ambiente, trazendo mais conforto e acolhimento aos doadores, colaboradores e pacientes. “Essa reforma foi pensada para que todos que venham ao Hemocentro de Rio Verde sintam-se bem. Afinal, esse é um espaço da comunidade, e nossa missão é oferecer um serviço de qualidade que atenda bem tanto o paciente como o doador. Sem nos esquecer, é claro, do nosso bem mais importante, nossos colaboradores que mantêm essa unidade de saúde funcionando.”

Homenagem
O Hemocentro de Rio Verde recebeu o nome da paciente Janielly Regina do Nascimento, por meio da Lei 21.503, de 14/07/22, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado. Aos 35 anos e mãe de dois filhos, ela foi diagnosticada com câncer e mobilizou toda a cidade em doações de sangue. 

Em plena pandemia, os moradores de Rio Verde fizeram fila no Hemocentro para doar sangue a Janielly, que infelizmente não resistiu à doença e foi a óbito em agosto de 2020, tornando-se um símbolo da luta de quem precisa de sangue e hemoderivados para sobreviver.

“Somos muito gratos a todos por essa lembrança. Em um momento de dor, muito difícil, toda a região fez uma força-tarefa para doarem sangue para o tratamento dela. A Janielly, nos últimos dias da vida, recebeu muito carinho e se sentiu muito amada. Isso foi muito importante para suportarmos a dor de perdê-la”, lembrou um familiar presente na inauguração.

Estrutura
A reforma contempla toda a estrutura do prédio, cerca de 1.695 metros quadrados de área modificada, incluindo calçada e jardinagem. O atendimento ambulatorial conta com dois consultórios, sendo um médico e outro de enfermagem. Além disso, existem dois leitos adultos e um pediátrico na Unidade de Atendimento Dia, nos quais são realizados procedimentos de sangria terapêutica, transfusão sanguínea, administração de fatores de coagulação, reposição de ferro e hidratação venosa para pacientes portadores de doenças hematológicas.

Já a sala de coleta é composta por uma sala de triagem hematológica, duas salas de triagens clínicas, sala para coleta de sangue, com quatro poltronas, e uma sala exclusiva para plaquetaférese. A estrutura de produção de hemocomponentes também foi ampliada e revitalizada, com ambientes exclusivos para processamento, controle de qualidade e distribuição de hemocomponentes. A área de suprimentos recebeu nova estrutura, segregando insumos da área técnica do almoxarifado geral garantindo mais segurança e rastreabilidade na dispensação dos mesmos.

Atendimento
Houve ainda a preocupação em oferecer uma ambiência confortável aos colaboradores, que agora dispõem de sala de descompressão, vestiários e repouso. E também houve a estruturação de uma sala para treinamentos e reuniões de trabalho. O novo prédio proporcionará fluxos de atendimento e produção unidirecionais, permitindo maior produtividade e humanização aos colaboradores.

Antes da reforma, eram realizadas em média 90 coletas de sangue por dia. Com a revitalização, a unidade passará a contar com quatro poltronas de coleta convencional e uma para aférese, aumentando a capacidade de atendimento para 120 doações por dia, um incremento de 25%. “Com a reforma, a capacidade da área de coleta de sangue será ampliada de 1,9 mil doações por mês para 2,6 mil doações mensais”, destaca Denyse Goulart.

As atividades do Hemocentro vão além da doação de sangue. A unidade também é responsável pela coleta de amostra e cadastro de medula óssea. Dados que são enviados ao Redome para compor o Cadastro Nacional de Doadores de Medula Óssea.  Em Rio Verde, pacientes com doenças hematológicas como hemofilia, doença de Von Willebrand, Deficiência do Fator 7, fator 5 Leiden, doença de Gaucher e três tipos de anemia, inclusive a falciforme, também recebem atendimento, tudo custeado pelo SUS.

Thiago Lagares (texto), com informações do Idtech, e Marco Monteiro (foto)/Comunicação Setorial

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