Projeto Mente Aberta do GEED tem reconhecimento internacional

O “Projeto Mente Aberta: adoção de procedimentos construtivos de interconsulta ao usuário de substância psicoativa”, trabalho científico produzido por equipe do Centro de Avaliação Terapêutica Álcool e outras Drogas, unidade do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (GEED/SES) foi aceito no VII Congresso Nacional de Patologia Dual, realizado em Lisboa (Portugal) cujo tema foi Especificidade em Patologia Dual. “O foco foi produzir ciência sobre o serviço, e eficiência na prestação de serviço”, explicou a gerente técnico operacional do GEED/SES Meire Incarnação, ao expor a importância da aceitação do projeto científico no evento.

O Congresso tem participação de dezenas de países, e é organizado pela Associação Portuguesa de Patologia Dual – APPD, cujo objetivo é manter o nível científico dos projetos, assim como divulgar o conceito e metodologia da intervenção em Patologia Dual, relacionados com o tema tabagismo, outros problemas relacionados com crianças e jovens com dificuldade de desenvolvimento e de integração na sociedade, intervenção farmacológica nos doentes com patologia dual. O evento reuniu cerca de 300 médicos psiquiátricos e outras especialidades, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, professores, familiares e doentes, com oportunidade de refletir e discutir problemas de alto impacto na vida social e no bem estar da população, enriquecendo os profissionais, melhorando o conhecimento e capacidade crítica, combatendo o estigma associado a estes quadros clínicos, segundo explicou ao presidente do Congresso Célia Franco.

O trabalho científico de Goiás teve a participação dos seguintes profissionais: fisioterapeuta e pedagoga Meire Incarnação; do psiquiatra e pediatra Luís Gonzalo; do pediatra James Pimenta; e da psicóloga Edicir Quireza. Tanto o projeto quanto o banner (que ilustra esse texto) foram aprovados como elementos científicos pelos membros que selecionaram os temas para o Congresso.

PROJETO MENTE ABERTA – Nas quintas-feiras são realizados trabalhos médicos e demais atendimentos com usuários de drogas e seus familiares, quando são observados esclarecimentos e informações básicas que estes usuários deveria ter na busca de apoio ao tratamento, adotado o procedimento da interconsulta, que compreende não só a assistência ao paciente e à equipe, mas também o ensino, a pesquisa e a expansão de conceitos pautados na integralidade, na interdisciplinaridade e na humanização. Os encontros semanais permitem quatro momentos: psicoeducação, triagem clínica, discussão de caso e avaliação de conduta.

Por meio desses encontros foi observado maior aceitação do diagnóstico de patologia dual, e com isso, uma minimização da resistência ao uso de medicamento, a contribuindo para resultado mais efetivo e maior adesão ao tratamento. Além disso, permitiu maior empatia entre usuários, familiar e equipe do CEAT-AD, e assim permitir atendimento de forma abrangente. Por fim, um questionário disponibilizado aos participantes do projeto mostrou resultado em que nenhum item foi considerado “ruim”, e quase 97% das respostas foi “bom” ou “ótimo”.

O CEAT-AD é uma unidade do GEED, que por sua vez é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, e tem como missão articular, integrar, organizar e coordenar as políticas públicas sobre drogas. Assim, em 2016 iniciou o Projeto Mente Aberta, com o propósito de prestar serviço de apoio e orientação aos usuários de drogas e a seus familiares, buscando a humanização no atendimento pela equipe multiprofissional – médicos, psiquiatras, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, enfermeira e assistente social.

Governo na palma da mão

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