Três regionais de saúde participam da primeira fase e serão responsáveis em ampliar o projeto de saúde mental na APS do Estado

Servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) – da Superintendência de Saúde Mental e Populações Específicas (SUSMEP), Superintendência de Atenção Integral à Saúde (SAIS) e Superintendência da Escola de Saúde de Goiás (SESG), além de profissionais de três regionais de saúde do Estado, participaram da oficina preparatória do projeto “Saúde Mental na Atenção Primária”, realizada no dia 14 deste mês na SESG.

A oficina foi direcionada para profissionais de nível superior que atuam nas equipes de Atenção Primária em Saúde (APS) para o cuidado em saúde mental, com objetivo de aproximar o campo da saúde pública, com intervenção adequada na APS.

O projeto do Ministério da Saúde (MS), é coordenado por especialistas do Hospital Albert Einstein e a parte preparatória visa alinhar os conhecimentos e práticas para desenvolvimento de novas metodologias e assistência às pessoas com transtorno mental na rede de saúde. A proposta é identificar os pacientes que ainda não estão com atendimento adequado, reforçando a necessidade de aprimoramento nesta área.

Aprimoramento

“Qualificar a prática dos profissionais de saúde e melhorar o acesso do usuário com transtorno mental na rede de atenção psicossocial, tendo a atenção primária como porta de entrada é uma necessidade na rede pública de saúde", explica Maria Cristina Magalhães, técnica da Coordenação de Assessoramento Interinstitucional da SESG.

As regionais de saúde do Estado – Norte, Pirineus e São Patrício 1, são as primeiras a receber os treinamentos e a SES será responsável pela ampliação em outras quinze regionais, para implementação efetiva do projeto ainda este ano. O próximo passo é definir equipes de trabalho e logística para realização de workshops e oficinas tutoriais, que deverão ocorrer nos meses de julho e agosto.

Dados transtornos mentais

A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou este mês, o levantamento que identifica que quase 1 bilhão de pessoas viviam com transtorno mental em 2019, sendo 14% adolescentes.

Desafios globais como desigualdade social, pandemia de Covid-19, guerra e crise climática são ameaças à saúde global. Segundo o estudo, depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

No Brasil, o relatório da OMS cita os Centros de Atenção Psicossocial, iniciativa de saúde mental implementada no Brasil para substituir hospitais psiquiátricos, oferecendo uma alternativa mais humanizada aos pacientes. Mais de 79% do financiamento federal é investido em um sistema de atendimento baseado na comunidade, que visa fornecer uma abordagem orientada para os direitos humanos e a recuperação. O novo sistema integra atenção primária, hospitais gerais e atendimento de crise nas redes de atenção psicossocial que são coordenadas por centros comunitários de saúde mental.

Yara Galvão (texto/foto)