Hospital Estadual da Mulher reforça importância do Teste do Pezinho no Junho Lilás

Unidade do Governo de Goiás lembra que método é indispensável para detectar doenças genéticas, endocrinológicas e metabólicas, devendo ser feito, preferencialmente, entre 3º e 5º dia de vida 

Teste é realizado a partir do sangue coletado do pé do recém-nascido, após pequena picada no calcanhar

Instituído pela União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert), a campanha Junho Lilás tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do Teste do Pezinho, cujo dia nacional é comemorado em 6 de junho. O  Hospital Estadual da Mulher (Hemu) lembra que o exame é gratuito e obrigatório por lei, desde 1992.

A importância da triagem neonatal é tanta que, no ano passado, foi sancionada a Lei Nº 14.154/2021, que ampliou a capacidade de testagem no Sistema Único de Saúde (SUS). A lei, que entrou em vigor no final de maio deste ano, deve realizar essa ampliação em cinco etapas, visto que a mudança exige equipamentos de tecnologia avançada e profissionais capacitados.

Com isso, o exame oferecido na rede pública aumenta o rol mínimo de 6 para 50 doenças. Até então, ele abrange o rastreamento da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, síndromes falciformes, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Na etapa 1, será adicionado às atuais doenças o diagnóstico da toxoplasmose congênita.

O Teste do Pezinho é realizado a partir do sangue coletado do pé do recém-nascido, por uma pequena picada no calcanhar. O resultado, geralmente, é entregue em dez dias. Anualmente, uma média de 2,4 milhões de recém-nascidos são triados no programa, segundo o Ministério da Saúde. Na unidade do Governo de Goiás, são realizados, em média, 350 testes por mês.

Com a pandemia, o Hemu implantou nova dinâmica de realização do Teste do Pezinho. Desde 2020, o teste em recém-nascidos internados é feito logo após as primeiras 48 horas do nascimento, na hora da alta hospitalar. “A mudança oferece mais comodidade às mães, que não precisam se deslocar de suas casas para o filho fazer o exame, além de segurança para os bebês, que, nos primeiros dias de vida, são mais suscetíveis a contrair doenças”, afirma Ronaldo Moura, pediatra da unidade.

O médico orienta ainda que se, por algum motivo especial, o exame não puder ser realizado no período recomendado, deve ser feito em até 30 dias após o nascimento. “A coleta tardia pode impedir que a suspeita e o diagnóstico sejam feitos no tempo correto e atrasar as intervenções e tratamentos específicos”, explica.

Marilane Correntino (texto e foto)/IGH
 

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