Saúde apresenta inovação no monitoramento do Aedes em feira da Fiocruz

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresentará trabalho inovador de monitoramento do Aedes aegypti, em Feira de Soluções para a Saúde – Zika, realizada de 8 a 10 de agosto, em Bahia de Todos os Santos (BA).

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresentará trabalho inovador de monitoramento do Aedes aegypti, em Feira de Soluções para a Saúde – Zika, realizada de 8 a 10 de agosto, em Bahia de Todos os Santos (BA). Além da iniciativa do Governo de Goiás, o evento realizado pela Fiocruz Brasília e pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia (Cidacs), receberá centenas de expositores que apresentarão um importante conjunto de soluções para as arboviroses que acometem o Brasil.

Em agosto do ano passado, a SES-GO começou a desenvolver uma pesquisa com o uso de armadilhas para a captura do Aedes na fase adulta, quando acontece a postura de ovos e a proliferação do vetor. A técnica, considerada inovadora, está sendo efetivada em cinco municípios-pilotos localizados em diferentes regiões do Estado, selecionados estrategicamente pela SES-GO.

“Essa pesquisa representa um passo significativo para monitorar os índices de infestação do Aedes aegypti e, desta forma, diminuir os casos das doenças transmitidas pelo mosquito, em especial dengue, zika e chikungunya”, avalia o coordenador-geral de vigilância e controle ambiental de vetores da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Marcello Rosa.

O uso de armadilhas para monitoramento dos índices de infestação do Aedes aegypti representa um avanço ao procedimento adotado atualmente em todo o País. Desenvolvida desde a década de 1970, a técnica consiste na efetivação de visitas domiciliares e de um levantamento do índice de infestação a cada dois meses.

Atualmente, as intervenções para bloqueio da área ocorrem, na maioria das vezes, quando há casos de doenças transmitidas pelo Aedes. A estruturação de uma rede de armadilhas e a captura contínua de mosquitos, conforme explica Marcello, possibilita um conhecimento mais imediato do problema e agilidade às intervenções.

A pesquisa

Foram selecionados para o monitoramento com o uso da rede de armadilhas os municípios de Mineiros, Morrinhos, Nerópolis, Porangatu e Posse. Tais municípios, de acordo com os dados da SES-GO, têm índices mais elevados do Aedes e incidências mais significativas das doenças. Para realizar o monitoramento, a SES-GO adquiriu 400 armadilhas. Estes equipamentos foram instalados (pendurados) em agosto do ano passado nas residências, em pontos onde normalmente há a presença do Aedes, entre os quais pontos próximos a cisternas, tanques, caixas d´água e árvores.

Para fazer o monitoramento a SES-GO utilizou a tecnologia de georreferenciamento, com a divisão dos municípios em partes distintas. Em uma das áreas está sendo feito o trabalho convencional, de limpeza dos focos e bloqueio com o uso de inseticidas por meio de bombas costais. Na outra área foram instaladas as armadilhas. Marcello Rosa antecipa que os resultados do uso da rede de armadilhas serão conhecidos a médio e a longo prazo. Em agosto deste ano, quando se completa um ano do monitoramento inovador, as equipes vão comparar os resultados das duas experiências.

A armadilha para a captura do Aedes é um recipiente pequeno e escuro, semelhante a um balde, com um espaço ao fundo reservado para a colocação de água. Este espaço é tampado, o que impede o contato do inseto com a água e a proliferação. O recipiente também tem uma tela e um cone que impedem a saída do mosquito. “O Aedes, sobretudo a fêmea grávida, é atraído à armadilha à procura de água, mas não consegue sair dela”, destaca Marcello Rosa.

O coordenador de Vetores da SES-GO acentua que a armadilha será usada exclusivamente para monitoramento, por profissionais de saúde devidamente habilitados. Ele explica que a população não deve, em hipótese alguma, utilizá-la como estratégia de prender o mosquito. “As armadilhas serão instaladas, manuseadas, higienizadas e inspecionadas exclusivamente pelas equipes”, enfatiza.

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