HCN salva a vida do primeiro bebê prematuro atendido na unidade

Após receber todos os cuidados necessários, o recém-nascido é transferido, por meio de transporte aéreo, pela Regulação Estadual para UTI de Catalão

Na ala pediátrica do HCN, bebê recebeu todos os cuidados até seguir, em aeronave, para Catalão

A equipe do Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), localizado no município de Uruaçu, salvou a vida do primeiro bebê prematuro extremo a ser atendido na unidade do Governo de Goiás, mesmo antes da inauguração da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do espaço.

O pequeno nasceu no carro em que a família estava, a caminho de Goiânia. Contudo, quando o pai percebeu que sua mulher estava entrando em trabalho de parto, resolveu seguir para o HCN, uma vez que o complexo estava mais perto e a mulher e o filho recém-nascido precisavam de assistência médica urgente.

"Era um recém-nascido, prematuro, com aproximadamente 30 semanas de gestação, pesando 1,5 kg", relata o médico intensivista pediatra Emerson Bassoli. Segundo o especialista, o estado da criança exigia muita atenção: "Ele tinha cianose generalizada, estava todo roxinho, necessitando de cuidados intensivos”, explica.

O médico relata que foi necessário intubar o bebê, para uma ventilação correta, até ele recuperar cor e saturação adequadas: “Logo em seguida, providenciamos um acesso venoso, passando um cateter umbilical, para garantir que o pequeno recebesse as medicações que precisava”, completa.

Transporte aéreo
O médico conta que, após o bebê estar com o quadro estabilizado, foi extubado e ficou em ventilação não invasiva. No entanto, para que fosse transferido em segurança para uma UTI Neonatal em Catalão – onde a vaga para o recém-nascido foi liberada, por meio do Complexo Regulador Estadual (CRE) –, foram necessárias algumas medidas de segurança.

“Optamos pela intubação novamente, para ele ser transportado, a fim de garantir uma via aérea segura durante o transporte. Além disso, nossa coordenadora da enfermagem da UTI Pediátrica foi acompanhá-lo até o aeroporto de Uruaçu, para prestar ainda mais assistência ao bebê”, diz Bassoli.

“Em casos assim são fundamentais muitos cuidados com as vias aéreas, pois precisam estar em pleno funcionamento, para garantir a segurança do paciente. Por isso, na situação do recém-nascido, ele teve que ser transferido intubado, ainda mais devido aos riscos de despressurização de aeronaves. É adequado também um acesso venoso, por isso no caso dele foi necessário o cateter umbilical, pois era a melhor via para ele. Além disso, foi necessária a sedação, para que o pequeno fosse transportado com tranquilidade”, ressalta Muriel Pereira, coordenadora de enfermagem do HCN.

Com toda a segurança necessária e a assistência da equipe multiprofissional do HCN e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o pequeno foi levado ao aeroporto e transportado para o avião do corpo de bombeiros, que realizou a viagem até Catalão.

Regionalização 
Vale ressaltar que essa história reforça a necessidade e a importância da estratégia implantada pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, de regionalização de serviços médicos, invertendo o fluxo de atendimento para casos de média e alta complexidade.

“Neste caso, por exemplo, a vida do bebê estaria em risco, caso ele não tivesse tido os cuidados necessários imediatos no HCN”, destaca Getro de Oliveira Pádua, diretor do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), organização social que administra o hospital.

“Podemos citar também a situação dos leitos de UTI que temos no complexo, pois, antes da abertura desses espaços em Uruaçu, muitas pessoas tinham que viajar de ambulância de quatro até cinco horas para conseguir ter acesso a um atendimento especializado”, lembra o diretor.

Wandy Ribeiro (texto e foto)/Imed

 

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