Hemocentro reúne pacientes para celebrar Dia Mundial da Hemofilia

Evento na unidade do Governo de Goiás contará com palestras e teatro de fantoches sobre doença,  caracterizada pela deficiência de proteína da coagulação sanguínea

Ação no Hemocentro vai abordar políticas inclusivas e qualidade de vida para hemofílicos

Em comemoração ao Dia Mundial da Hemofilia (17 de abril), o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz realiza, nesta quarta-feira, 13, um encontro para tratar de políticas inclusivas e qualidade de vida para os hemofílicos. A primeira ação vai ocorrer a partir das 9 horas, com um grupo focal de pacientes adultos que tem baixa adesão ao tratamento. 

Na oportunidade, serão abordados temas como autocuidado, importância das reavaliações, programa banco de alimentos e tipos de hemofilia e complicações. A segunda atividade será um teatro de fantoches, para pacientes de até 11 anos, abordando assuntos como autocuidado, introdução alimentar, participação da família, socialização e lazer.

Criada para atuar na área de sangue e hemoderivados, a Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo garante assistência médica e multiprofissional a 600 pacientes portadores de hemofilia no Estado. Segundo a diretora-geral da Rede Hemo, Denyse Goulart, o tratamento das hemofilias (tipos A e B) é realizado, praticamente, de forma exclusiva, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece uma linha de cuidado para tratamento e prevenção de complicações em diversas modalidades a todos os pacientes brasileiros acometidos pela doença. 

“Em Goiás, nós garantimos toda essa assistência aos hemofílicos no Hemocentro Estadual de Rio Verde e no Hemocentro Coordenador, em Goiânia, onde são realizados atendimentos pelas equipes médica e multiprofissional, formada por hematologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogas, assistentes sociais, nutricionistas e farmacêuticos, assegurando assim, um tratamento clínico, medicamentoso e fisioterapêutico”, afirma.

Cromossomo 10
O Brasil é a quarta maior população mundial de pacientes com a doença, conforme dados da Federação Mundial de Hemofilia (World Federation of Hemophilia). A doença é um distúrbio hemorrágico genético e hereditário ligado ao cromossomo 10, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino e é caracterizado pela deficiência de uma proteína da coagulação sanguínea. A pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade do fator 8 ou fator 9.

Segundo a médica hematologista do Hemocentro, Alexandra Vilela, os sinais de hemofilia A e B são os mesmos. "Manifestações hemorrágicas, com sangramento nos músculos e articulações (hemartroses), sangramento espontâneo ou após traumas em órgãos internos, sangramento prolongado após corte, remoção de dente ou cirurgia, sangramento por um longo tempo após  acidente. O sangramento em uma articulação ou músculo causa dor ou inchaço, rigidez e dificuldade em usar uma articulação ou músculo. Alguns sangramentos podem ser muito graves", comenta.

De acordo com Alexandra, o tratamento da hemofilia é feito com a aplicação de concentrados do fator deficiente purificado, de alto custo, por via endovenosa. O tratamento pode ser sob demanda, em caso de sangramentos, ou profilaxia (para evitar sangramento). O Ministério da Saúde é responsável pela compra dos medicamentos e sua distribuição. O paciente recebe o medicamento de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Hemocentro.

SERVIÇO

Dia Mundial da Hemofilia – políticas inclusivas e qualidade de vida
Data: quarta-feira (13 de abril)
Horário: das 9 às 11 horas
Local: Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz – 2º andar

Thalita Rodrigues (texto)/Idtech

Foto: Britto/Comunicação Setorial

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