Paciente do HCN tem recuperação surpreendente após cirurgia torácica 

Garoto é extubado 24h após ser submetido a uma toracotomia de urgência no Hospital do Centro-Norte Goiano, unidade do Governo de Goiás em Uruaçu

Raimundo Vieira, com a mãe e profissionais que o atenderam durante sua estada no HCN

A rápida recuperação do paciente Raimundo Vieira, de 14 anos, após ser submetido a uma cirurgia na região torácica (toracotomia) de urgência, chamou a atenção da equipe do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade em que ele foi submetido ao procedimento. O jovem foi acometido por uma Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC), que evoluiu com piora clínica, laboratorial e de imagem, sugerindo sepse grave por empiema pleura.

Após ser operado no complexo hospitalar do Governo de Goiás no município Uruaçu, o quadro do garoto apresentou melhora, em apenas 24h depois da intervenção. De acordo com relatos de equipes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), houve um momento emocionante no pós-operatório pois, ao acordar da sedação, o jovem esboçou um breve sorriso. 

“Ele realmente surpreendeu na recuperação. Acredito que a assistência de excelência após a operação, com a equipe da UTI e todos os demais profissionais envolvidos que se dedicaram ao máximo, foi essencial para a reabilitação do paciente”, destacou a médica cirurgiã torácica, Kellly Vitallino, responsável pela coordenação da cirurgia.

Segundo relato materno, o adolescente, morador de Águas Lindas de Goiás, começou a sentir os primeiros sintomas ainda em dezembro do ano passado. Em um certo período, ele teria passado por algumas unidades de atenção primária, mas seu quadro se agravou e houve a necessidade de ser atendido em um hospital com perfil assistencial especializado em casos de alta complexidade. Por isso, foi encaminhado ao HCN.

Identificação da gravidade
No hospital, ele recebeu atendimento da cirurgia geral, em princípio, seguido pela abordagem para o procedimento torácico. Nessas circunstâncias, quanto mais precoce a identificação da gravidade, maior eficácia há no tratamento, evitando a progressão do processo infeccioso e o envolvimento dos demais órgãos.

“No HCN estamos preparados para atender a casos com esse tipo de gravidade. Temos equipe, estrutura, insumos e toda a tecnologia de saúde necessária para atender essas situações com maior complexidade”, explica João Batista da Cunha, diretor assistencial do hospital.

Logo após a cirurgia, o adolescente recebeu todos os cuidados necessários. Ele deixou a UTI quatro dias após a operação e foi encaminhado à enfermaria, tendo a assistência necessária de toda a equipe multiprofissional. Logo após, foi retirado o dreno torácico, seguindo em internação para fisioterapia de reabilitação pulmonar. Recuperado e fora de estado grave, o jovem recebeu alta neste mês.

“É muito gratificante poder trabalhar na assistência à saúde da população. Casos como esse, do Raimundo, nos motiva a trabalhar cada vez mais para aprimorar sempre nosso padrão de atendimento aos pacientes”, ressalta Getro de Oliveira Pádua, diretor-geral do Instituto de Medicina e Desenvolvimento (Imed), organização social que administra o HCN.

Acolhimento familiar
Vale destacar que a mãe do paciente também foi acolhida na unidade. Devido a questões financeiras, ela não poderia se deslocar diariamente de uma cidade para a outra. Por isso, no hospital, dona Regiane Vieira recebeu atendimento psicológico, todas as refeições e um leito para o seu descanso, conforme relata Marcelo Ramos, gerente de Enfermagem da unidade.

A Pneumonia Adquirida na Comunidade é definida como uma infecção que se desenvolve fora do ambiente hospitalar e/ou que se manifesta em até 48 horas após a internação, por isso é muito importante ficar atento aos primeiros sintomas.

“Caso ocorram alterações como febre, tosse, dor torácica para respirar ou mesmo sintomas de infecção de vias aéreas superiores (Ivas), nunca pratique a automedicação. Sempre o mais adequado é procurar um serviço de saúde, onde haverá um profissional capacitado a identificar e tratar os sinais de alerta para possíveis gravidades”, orienta a dra. Kelly.

Wandy Ribeiro (texto e foto)/Imed

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