Procedimentos realizado na unidade do Governo de Goiás em Santa Helena vão beneficiar pessoas em Goiás, com rins doados por pacientes

O Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) realizou duas captações de órgãos em menos de 24 horas. Foram doados os rins de dois pacientes do sexo masculino, de 35 e 40 anos, que estavam internados na unidade e darão nova vida a pessoas que aguardam na fila de espera de transplante no Estado.

Ao todo, 24 profissionais participaram dos procedimentos, realizados unidade do Governo de Goiás na região sudoeste com o apoio da Organização de Procura de Órgãos do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (OPO Hugol).

Essas foram a sétima e oitava captações do ano realizadas no Herso. Os procedimentos, juntamente com uma captação feita no Hugol na quinta-feira (16/12), contribuíram para superar o número registrado no Estado em 2020, quando foram registradas 80 cirurgias para doação de órgãos. Em 2021, já foram 83. 

Os procedimentos ocorreram após a realização de exames que constataram a morte encefálica dos pacientes e atuação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT), que conversou com os familiares, que autorizaram a captação. 

Equipe engajada
A gerente da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Katiúscia Freitas, elogiou o trabalho que a equipe do Herso vem desenvolvendo para a promoção da doação de órgãos. “A equipe do Herso é muito engajada. Fizemos um trabalho recente com a OPO para treinamento da equipe e a CIHDOTT hoje caminha sozinha, que é algo que temos dificuldade em outros hospitais”, lembrou.

“Os profissionais da unidade de Santa Helena de Goiás acompanham todo o protocolo, realizam entrevista familiar e só passam para a gente o resultado final, o que é um ponto muito positivo. O Herso tem potencial e pode melhorar cada vez mais”, ressaltou a gerente. 

O presidente da CIHDOTT do Herso, Rafael Pereira, salientou que coordenar esse trabalho é recompensador. “É muito gratificante estar à frente da comissão, mesmo que tenhamos que lidar com dois extremos, a dor da perda de um ente querido de um lado e a emoção de quem aguarda por um órgão do outro lado”, explicou.

Myla Alves (texto e foto)/IPGSE