HEMNSL alerta gestantes para importância das vacinas

Objetivo é chamar a atenção das grávidas sobre a necessidade de ampliação da cobertura vacinal, fundamental para saúde de mães e bebês 

Responsáveis por salvar milhares de vidas todos os anos, as vacinas são de grande importância para erradicação ou diminuição da incidência de várias doenças graves. No entanto, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mais de 50% das gestantes deixaram de receber as doses necessárias da tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e influenza (gripe) ao longo de 2020.

O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), faz o alerta de que as vacinas para gestantes são parte essencial do pré-natal. A imunização protege a mãe e a criança, tanto antes do nascimento quanto nos seus primeiros anos de vida.

Segundo o ginecologista e obstetra da unidade, Túlio Sardinha, a vacinação continua a ser extremamente importante, principalmente para as gestantes. “Nesse período, o sistema imunológico da mulher passa por várias alterações, tornando a gestante mais suscetível à contaminação por agentes infecciosos”, salienta.

Túlio Sardinha alerta que a falta da vacina pode trazer sérias consequências para o feto, como má formação do sistema nervoso central e cardiovascular, aborto, parto prematuro, entre outros.  “Muitas doenças perigosas para mães e bebês são evitadas com a imunização. Na gestação, os anticorpos da mãe passam para a criança por meio da placenta e, depois do nascimento, pelo leite materno", explica Dr. Túlio.

Mas não é toda vacina que a gestante pode tomar, principalmente os imunizantes de vírus e bactérias vivos, como é o caso da  tríplice viral – que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola ; varicela (catapora); HPV e dengue. "Porém, é através do pré-natal correto e acompanhamento médico, que a gestante vai receber toda orientação necessária para assegurar uma gravidez tranquila e saudável”, destaca o médico.

Confira a lista de vacinas recomendada pelo Ministério da Saúde para gestantes:

– Tríplice bacteriana (dTpa), que protege contra difteria, tétano e coqueluche, sendo dada uma dose, após a 20ª semana, em paciente  previamente vacinada. Para gestante sem cartão de vacina ou com esquema incompleto, após receber a vacina dTpa, deve receber duas doses de dt;

– Hepatite B, pode ser dada em qualquer idade gestacional. São três doses. Indicadas para pacientes que nunca foram vacinados ou não criaram anticorpos;

– Influenza, protege contra a gripe causada pelo vírus Influenza A e suas possíveis complicações. Indicada em dose única anual, em qualquer idade gestacional;

– Covid-19, indicada para todas, independente da idade gestacional. Evitar a AstraZeneca.

Alguns imunizantes podem ser recomendados, pelo médico, em situações específicas, como:

– Hepatite A, indicada para gestantes com risco de exposição ao vírus, sendo recomendada duas doses, no esquema zero a seis meses. Somente na rede privada;

– Pneumocócicas (vacina pneumocócica 23-valente e varicela), indicadas para gestantes de risco para a doença pneumocócica invasiva (DPI), sendo administrada em uma dose em qualquer idade gestacional;

– Febre amarela, geralmente é contraindicada na gravidez, sendo administrada em dose única, a partir de seis meses pós-parto. No caso, a amamentação deve ser suspensa. Somente em situações em que o risco da infecção é maior do que os riscos da própria vacina, ela é aplicada. 

Texto:Marilane Correntino
Foto: divulgação

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