SES-GO apresenta resultados dos primeiros oito meses de 2021 à Alego 

Secretário Ismael Alexandrino destaca ampliação dos transplantes de órgãos, dos serviços prestados pelas Policlínicas e aumento do número de exames de prevenção ao câncer de mama e colo de útero

O titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, apresentou, nesta quarta-feira (27/10), o primeiro e o segundo Relatório Detalhado Quadrimestral de 2021 da pasta, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), em Goiânia. Entre os principais resultados citados estão a ampliação dos transplantes de órgãos, dos serviços das Policlínicas e o aumento do número de exames de prevenção ao câncer de mama e colo de útero.

Em Goiás, no período analisado, foram notificadas 346 mortes encefálicas, com 56 doadores, e 111 doações, envolvendo 70 rins, 9 fígados e 32 córneas. Ao destacar a ampliação dos transplantes de órgãos, Alexandrino fez um apelo por apoio da Alego para auxiliar na consciencialização de pessoas que têm tomaram a decisão de doar órgãos a se autodeclararem doadoras, em vida, a seus familiares. 

“Temos sofrido muito em relação a isso. Muitas vezes, temos órgãos que seriam viáveis mas, na hora delicada do óbito, a família não está consciente disso. Perdemos a oportunidade de dar vida para outras pessoas”, alertou. 

Policlínicas
Sobre os serviços de saúde, o secretário destacou as três Policlínicas Estaduais em funcionamento – da Região Nordeste 2, em Posse; da Região Sudoeste 2, em Quirinópolis; da Região São Patrício, em Goianésia – e as três em implantação – da Região do Entorno, em Formosa; da Região Rio Vermelho, na cidade de Goiás; e da Região Oeste 2, em São Luís de Montes Belos.

Ao informar os números de produção de cirurgias e exames, Alexandrino destacou o trabalho da Carreta da Prevenção, que, de forma itinerante, realiza mutirão de mamografias e exames preventivos de colo de útero. Foram mais de 11 mil desses exames realizados pelas unidades móveis ligadas às Policlínicas de Posse, Goianésia e Quirinópolis. 

“No Brasil inteiro, durante a pandemia, houve diminuição da prevenção ao câncer de mama e de colo do útero. Em Goiás, com a presença das carretas, isso tem suprido e sido destaque em nosso País”, disse o secretário, ao reforçar que, nos protocolos de saúde de Goiás, a mamografia é realizada dez anos antes do que é preconizado pelo Ministério da Saúde. 

Vacinas
Sobre a cobertura vacinal do calendário nacional, Alexandrino informou que Goiás mantém as mesmas características dos números nacionais. E lamentou que, nos últimos anos, tenha ocorrido uma diminuição da adesão à vacinação no País. 

“Essa polarização que houve em relação à vacina contra a Covid-19 afetou também as demais vacinas. Precisamos, no Brasil, criar essa cultura de vacinar”, destacou, pedindo apoio dos deputados para que fomentem o ato da vacinação, impedindo um cenário de retorno de doenças como o sarampo, que já estava erradicado, mas retornou em 2019, por causa das baixas taxas de vacinação.
    
Cirurgias eletivas
Em todo o território nacional, em 2020, houve uma redução de 41,5% de cirurgias eletivas mas, em Goiás, esse número foi de 30,9%. Alexandrino destacou que, daqui em diante, esses procedimentos deverão ser o maior desafio da saúde. 

Uma vez que a pandemia está dando sinais de trégua, para que a vida possa retornar à normalidade, o secretário informou que os leitos que outrora eram destinados a pacientes que precisam de internação para Covid-19 estão sendo convertidos em leitos de UTI gerais ou de retaguarda para cirurgias eletivas. 

“Nos próximos dias, lançaremos o credenciamento, em todo Estado, para o serviço privado que tenha capacidade ociosa de realização de cirurgias eletivas e que possa ser conveniado com o Governo de Goiás. Assim, poderemos dar andamento às cirurgias eletivas em todo o nosso território de forma descentralizada.”

Gestão financeira
Os Estados devem aplicar, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% da arrecadação dos impostos. Os dados apresentados pelo secretário mostraram que Goiás já aplicou 11,7% desses recursos. Mesmo com muitos gastos extras, em decorrência das ações de combate à pandemia da Covid-19, a SES-GO mantém uma gestão dos recursos financeiros ajustados para cumprir o teto até o fim do ano.

“Com toda a ampliação de serviços, nós vamos enquadrar dentro do que é de vinculação. Não tem mágica nisso, ampliamos muitas habilitações e renegociamos contratos, diminuindo valores”, informou Alexandrino, acrescentando que, no âmbito do Ministério da Saúde, foram incorporados em torno de R$ 400 milhões, de forma fixa e definitiva, aos recursos do Estado.

Nenhum pedido de UTI
Também em decorrência da pandemia de Covid-19 foram criados 421 leitos de UTI em 23 hospitais, e 393 leitos de enfermaria em 16 hospitais. “Hoje foi o primeiro dia que amanhecemos sem nenhum pedido de UTI na nossa tela de regulação”, destacou Ismael. 

Relatório quadrimestral
De acordo com a Lei Complementar nº 141/2012, o gestor do Sistema Único de Saúde (SUS), em cada ente da Federação, deve elaborar um relatório detalhado referente ao quadrimestre anterior. 

Entre as informações do documento, devem constar dados como o montante e a fonte dos recursos aplicados no período; auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e determinações; oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação. 

Para mais informações, acesse aqui o relatório.

Patrícia Almeida (texto) e Britto (fotos)/Comunicação Setorial

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