Deficiente auditiva, auxiliar de enfermagem se apresenta no Sarau do HGG

Profissional Kemilly Lima atua na unidade do Governo de Goiás e diz que paixão pela música nasceu aos 8 anos de idade

Kemilly Lima, sobre o desafio de cantar: “Eu corro atrás até onde posso conseguir”

Superar desafios faz parte da rotina da artista que se apresenta nesta quinta-feira (21/10), no Sarau do HGG, projeto de humanização do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG. A técnica em enfermagem Kemilly Lima, que trabalha em uma empresa terceirizada na unidade do Governo de Goiás, é deficiente auditiva, mas isso não a impede de demonstrar seu amor pela música.

Natural de Brasília, Kemilly diz que começou a gostar de música muito cedo, em grande parte por influência do pai. “Descobri a música desde muito pequena. Cresci na igreja, e meu pai mexia muito com o coral e com o quarteto masculino de lá. Tive uns pequenos transtornos, pois meu pai dizia que eu não cantava nada, por causa da minha deficiência”, lembra.

A falta de estímulo paterno, no entanto, não a desanimou. “Comecei a cantar com 8 anos e foi onde surgiu a paixão. Desde então, canto na igreja, casamentos e em vídeos nas redes sociais, como YouTube e Instagram”, enumera.

Kemilly diz que a falta de estímulo não é exclusividade do pai, embora ressalte que muitas pessoas a estimulam a seguir em frente em seu sonho. “Muitas pessoas falam para eu não desistir dos meus sonhos, e outras acham que desistir é a melhor maneira, mas não importa a deficiência que tenho. Eu corro atrás até onde posso conseguir.” 

Nesta quinta, ela unirá essa paixão que tem pela música com outra, a que tem como profissão, oferecendo a apresentação virtual aos pacientes, acompanhantes e colegas que trabalham com ela no hospital. “Trabalho com muito amor e carinho pelos pacientes. Às vezes, somos tão pequenos nessa área, mas é uma área de muita importância, em que fazemos nosso melhor”, define a auxiliar de enfermagem e cantora.

Oficialmente lançado em 5 de agosto de 2013, o Sarau foi o primeiro projeto de humanização implantado na unidade. Em seu sétimo ano, já se consolidou como um projeto que une o incentivo à cultura, o estímulo à produção musical regional e a promoção do bem-estar por meio da música.

Pablo Santos/Idtech
Foto: divulgação

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo