Paciente presenteia enfermeira do Hugo com tapete de crochê

Trabalho manual é estimulado para passar o tempo, diminuir a ansiedade e estresse com atividades durante a internação na unidade do Governo de Goiás

Enfermeira Katianne Cerqueira recebe tapete que Marli Rosa costurou na enfermaria do Hugo

A enfermeira Katianne Cerqueira ficou muito feliz na manhã desta terça-feira (5/10), durante a rotina de cuidado com os pacientes do segundo andar do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Ela recebeu de presente um tapete de crochê verde e vermelho costurado na enfermaria da unidade do Governo de Goiás por Marli de Fátima Rosa, de 60 anos. 

De acordo com a psicóloga Mônica Lélis, o estímulo à atividade manual no ambiente hospitalar ajuda o paciente. “É uma arteterapia para diminuir a ansiedade e ajudar no tratamento”, explica. 
Mônica destaca que os trabalhos manuais ocupam a mente e o corpo. 

“É importância porque o paciente fica menos estressado, menos ansioso e o tempo passa mais rápido. É um benefício que o paciente tem no hospital quando consegue ocupar a mente fazendo qualquer atividade”, diz ainda a psicóloga.

A vontade de Marli de costurar o tapete de crochê surgiu espontaneamente. Mônica diz que houve uma sugestão para que a paciente desenvolvesse alguma atividade para ela passar o tempo com um exercício cognitivo. “Como ela já sabia, dona Marli escolheu fazer o crochê.”

Com suspeita de câncer no intestino, Marli já esteve internada no Hugo em junho. Na semana passada, ela foi pedida em casamento pelo marido, Alencar Inácio da Silva, de 46 anos. Os dois moram juntos em Pires do Rio há 28 anos, mas nunca tiveram uma cerimônia de casamento, que é um sonho de Marli.

Carinho
“Como tem tempo que estamos juntas no Hugo, ela adquiriu um carinho por mim. Sempre lembra do meu nome, gosta de conversar”, conta Katianne, sobre a rotina de Marli na internação. A enfermeira afirma que ‘adorou’ ganhar o tapete que a paciente costurou durante o tratamento na enfermaria do Hugo. “Outras pessoas tinham pedido, mas ela quis me dar”, agradece.

Para Katianne, quando isso acontece, de um profissional de saúde ser reconhecido pelo bom atendimento ao paciente, é algo gratificante. “Sentimos que estamos no caminho certo para um bom cuidado e fazendo a diferença na evolução do paciente. Fico muito feliz”, destaca.

Augusto Diniz (texto e foto)/INTS

 

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