Hospital Estadual de Formosa promove campanha Setembro Amarelo

Unidade do Governo de Goiás no município do Entorno do DF realiza palestra para reforçar importância do tema e destacar a valorização da vida

Colaboradores do Hospital de Formosa divulgam ideais e energia do Setembro Amarelo

O Hospital Estadual de Formosa, uma das unidades do Governo de Goiás no Entorno do Distrito Federal, sempre prioriza e defende a valorização da vida. Como forma de alertar os colaboradores sobre a importância da campanha Setembro Amarelo, a Comissão de Responsabilidade Social promoveu, na última semana do mês, a palestra “Sua vida vale ouro”.

O encontro foi uma oportunidade para abordar um tema tão sensível e igualmente importante: a prevenção ao suicídio. Por isso, o evento contou com a participação da psicóloga convidada Regilene Marques, que discursou sobre diversas temáticas. Durante a apresentação, a palestrante reforçou os principais sinais de quem se encontra em desiquilíbrio emocional e, principalmente, como manter a saúde mental em tempos difíceis.

“Durante a palestra, trabalhamos temas relevantes e incentivamos os colaboradores a olharem para dentro de si, pois quando aprendemos com as nossas dores, conseguimos cuidar melhor do outro”, explicou a psicóloga.

A atividade oferecida aos profissionais de saúde do HEF trouxe como corrente de pensamento a frase “Não desista, mesmo que ainda esteja ferido”. Em sua dinâmica com os colaboradores, a psicóloga destacou temas como “Não seja tóxico com você mesmo”, “Como você se vê?” e “Cuide bem da sua casa, a sua mente”.  

Prevenção ao suicídio
A campanha Setembro Amarelo se tornou o maior símbolo, em território nacional, de prevenção ao suicídio. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), são registrados anualmente mais de 13 mil casos de suicídio no Brasil. Dados apontam também que cerca de 96,8% das mortes são causadas por transtornos mentais sem prévia identificação ou tratamento, como bipolaridade e depressão.

Por isso, abrir espaço para tratar um assunto tão sério e de tamanha relevância é papel fundamental do HEF. Para Flávia Brandão, enfermeira que participou da palestra, o equipamento público é essencial para o acompanhamento psicológico e, sobretudo, no acolhimento de pacientes com sinais de autoextermínio.

“Muitas pessoas vêm ao hospital porque não podem pagar uma consulta psicológica, porque não têm quem as ouça e, por isso, desenvolvem sintomas clínicos. Elas chegam aqui e recebem todo o nosso acolhimento afetivo, psíquico, emocional e social”, garantiu a enfermeira.

Sinais de abandono
É importante que a sociedade compreenda a gravidade e a necessidade de se falar sobre o tema do suicídio e aprenda a identificar sinais de abandono. Geralmente, falas como “a vida perdeu a graça”, “eu queria morrer”, “cansei dessa vida”, ou ainda “por que todo mundo é feliz e eu não” sinalizam que algum desconforto emocional pode estar em curso.

Contudo, métodos como conversas encorajadoras com aqueles que passam por momentos difíceis podem ajudar a estabilizar quadros de desequilíbrio emocional, pois os profissionais de saúde são peças fundamentais no processo de resgate e reabilitação psíquica. 

Também é válida a sugestão de procurar ajuda médica, por meio dos equipamentos de saúde (hospitais, Caps, Policlínica e UBS), ou ainda, numa situação de emergência, buscar o Samu (192) ou o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo telefone 188.

O HEF, por meio de sua equipe multidisciplinar, oferece gratuitamente à população o atendimento psicológico adequado em diferentes situações. Os profissionais da unidade estão aptos a identificar e atuar prontamente diante dos sinais de autoflagelo. Dessa forma, tão logo os sintomas são reconhecidos, durante as abordagens da triagem, consultas médicas e emergência, o paciente é encaminhado à psicóloga da unidade.

“Aqui no HEF, temos uma oferta muito grande de especialidades, entre elas estão os atendimentos psicológicos, tão importantes neste momento. Acreditamos que ouvir e acolher a dor do próximo é uma missão para a qual fomos designados também”, sinalizou Vânia Fernandes, diretora da unidade.

Dario Vasconcelos (texto e foto)/Imed

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