HEMNSL realiza capacitação sobre atendimento a vítimas de violência

Evento na unidade do Governo de Goiás foca na ficha de notificação compulsória, instrumento de vigilância epidemiológica cujo preenchimento é obrigatório

Capacitação, no auditório da unidade, contou com a participação de colaboradores de todas as áreas

Para debater o atendimento oferecido às pessoas vítimas de violência, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) realizou, na quarta-feira (21/07), a capacitação Ficha de Notificação de Violências Interpessoal e Autoprovocada. Idealizado pelas equipes do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH), do Núcleo Interno de Segurança do Paciente (Nisp) e do serviço social, o evento contou com a presença dos colaboradores da unidade do Governo de Goiás.

Ministrada no auditório do HEMNSL pelas assistentes sociais da Gerência de Vigilância às Violências e Acidentes (Viva) da Secretaria Municipal da Saúde de Goiânia, Arleide Maria e Sirlene Gomes, a capacitação abordou sobre a ficha de notificação compulsória que é um instrumento de vigilância epidemiológica, que tem preenchimento obrigatório.

“Durante o atendimento realizado, se houver alguma suspeita de violência, mesmo a vítima negando, o profissional da saúde deve preencher a ficha de notificação de violências interpessoal e autoprovocada e enviá-la para o Viva. A notificação gera visibilidade ao problema permitindo que a rede de proteção e de garantia de direitos seja acionada e se articule”, destaca Arleide Maria.

Sirlene Gomes explica que as notificações de violência se aplicam a homens e mulheres de todos os ciclos da vida. “Entre as violências sofridas pelas vítimas estão a violência doméstica, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, tortura e intervenção legal, que é a violência provocada por agente público”, enumera.

Humanização
Arleide ainda ressaltou a importância do acolhimento a essas vítimas e explicou o fluxo de atendimento para pessoas em situações de violência. “Pensando no público específico que a maternidade atende que, no caso, são as gestantes, é preciso trabalhar a autonomia dessa mulher, influenciando-a na tomada de decisão para sair desse ciclo de violência e procurar uma delegacia da mulher.”

No final do curso, foi realizado um estudo de caso entre os colaboradores presentes para debater ainda mais sobre o assunto. A enfermeira do NVEH, Thaynara de Oliveira, foi uma das responsáveis pela realização da capacitação. “Discutir sobre esse tema ajuda a enfatizar a importância de cada profissional do HEMNSL em identificar casos de violência entre os nossos pacientes e oferecer, desde a recepção da unidade até o atendimento psicológico, um acolhimento humanizado e ético.”

Patrícia Borges (texto e foto)/Agir

 

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